Consórcio junta-se aos esforços para a auto-suficiência de fertilizantes no país

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  • Luanda • Segunda, 29 Julho de 2024 | 23h51
Fertilizantes para agricultores (Arquivo)
Fertilizantes para agricultores (Arquivo)
Luis Catraio

Luanda - Quatro mil e 700 postos de trabalho serão gerados no processo de fabrico de fertilizantes, a ser concretizado na província do Zaire, visando a auto-suficiência no país e possível exportação deste produto.

O projecto, de iniciativa privada, vai ser desenvolvido no Complexo Industrial do Soyo, numa área de 152 hectares, com capacidade de produção de cerca de 3 870 toneladas/dia, de ureia, e 2 200 toneladas de amónia por dia, de acordo com o presidente do Conselho de Administração do consórcio Amufert, Agostinho Kapaia.

O responsável, que falava esta segunda-feira, no lançamento oficial do projecto, precisou que serão 3 500 postos de trabalho na fase de construção da unidade fabril e 1 200 na etapa de produção, promovendo desenvolvimento socioeconómico nas comunidades locais e regionais, especialmente no município do Soyo.

“A fábrica vai ter uma capacidade de produzir um milhão e 300 toneladas por ano e estamos a prever duplicar no futuro. Angola já não vai precisar importar fertilizantes. Antes pelo contrário, teremos excedente para poder exportar”, disse.

Fez saber que a negociação com o Governo é garantir o produto no mercado nacional para apoiar as famílias, agricultores e associações.

Por sua vez, o ministro dos Recursos Minerais Petróleo e Gás (Mirempet), Diamantino Azevedo, considerou que o projecto tem todas as condições para desenvolver e garantiu a disponibilidade de gás e condições técnicas por parte do sector.

"Viemos para assistir ao lançamento do projecto, de amónia e ureia, e saímos com a apresentação de um projecto integrado de fertilizantes, pois acabámos de outorgar o título para produção de fosfato que proporciona o composto NPK", frisou, referindo que ministério tem abraçado a produção de correctores de solos e fertilizantes.

Já o titular da pasta da Agricultura e Floresta, António Assis, sublinhou os ganhos do projecto, adiantando que com a sua implementação o país vai evitar o gasto de divisas na aquisição de fertilizante.

“Portanto, a produção agrícola, necessariamente, tem que crescer e aí as questões de segurança alimentar começam a estar mais sob o nosso próprio domínio”, augurou.LIN/VC

 



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