Luena – O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás anunciou a retoma, para Outubro próximo, da realização da II Conferência Internacional de Diamantes de Angola (AIDC), em Saurimo, capital da província da Lunda Sul, após três anos de paralisação.
A Conferência Internacional de Diamantes de Angola 2024 vai analisar vários temas importantes relacionados com a investigação geológica mineira, exploração de diamantes em Angola, lapidação de diamantes, inovação tecnológica, logística na indústria e no sector semi- industrial.
A retoma do evento, a decorrer sob lema "Angola: Investir Juntos para Fazer a Diferença na Comunidade”, é vista pelo ministério tutelar como uma oportunidade às empresas e partes interessadas na indústria diamantífera angolana de estabelecer novas ligações, reunindo especialistas e actores dessa indústria extractiva.
Segundo uma nota a que a ANGOP teve acesso hoje, o certame servirá igualmente de promoção do sector diamantífero angolano, por se tratar de um mineral estratégico para a diversificação da economia nacional.
A conferência Internacional ocorrerá numa altura em que a concessão de Luele está a atingir a capacidade normal de produção, o que permitirá Angola, em breve, estar, efectivamente, a duplicar a produção anual do país e a gerar um valor acrescentado e significativo em termos de receitas do Estado.
A mina de Luele está localizada a cerca de 20 km da mina de Catoca, representando um dos depósitos de diamantes mais promissores descobertos em mais de uma década.
Dados do governo indicam que os recursos de Luele contêm uma estimativa de 628 milhões de quilates de diamantes com um tempo de vida de 60 anos.
O Pólo Diamantífero de Saurimo será novamente o local da segunda Conferência Internacional de Diamantes de Angola, após albergar a edição inaugural em Novembro de 2021.
O Pólo integra todos os actores da indústria diamantífera, incluindo os actores dos sectores público e privado, com uma área industrial que inclui fábricas, instalações de processamento e escritórios multi- sectoriais. Nessa altura, o Pólo está empenhado em aumentar a capacidade de lapidação, melhorando a cadeia de valor dos diamantes do país.
Abordará também o Processo de Kimberley e os desenvolvimentos do G7 sobre as sanções russas. Sobre este tema, vital para os países africanos produtores, haverá um painel de discussão sobre o Sistema de Certificação do G7, que contará com a participação de actores da União Europeia, do Conselho Mundial dos Diamantes, do Centro Mundial de Diamantes de Antuérpia, da Bolsa de Diamantes de Bharat, da Sarine Technologies e do Processo de Kimberley Angola.YD