Conferência dos diamantes atrairá investidores internacionais - Economista

     Economia           
  • Lunda Sul     Terça, 23 Novembro De 2021    15h26  
Diamantes produzidos em Angola
Diamantes produzidos em Angola
Pedro Parente

Saurimo - O economista Célio Miúdo afirmou esta terça-feira, em Saurimo (Lunda Sul), que a realização da 1ªConferência Internacional dos Diamantes (AIDC) na circunscrição, de 25 a 27 o mês corrente, atrairá mais investidores no sector, bem como proporcionará um impacto positivo no desenvolvimento da região.

Com lema “Angola: Destino para o Investimento Sustentável na Indústria de Diamantes”, o evento será aberto pelo ministro de Estado para Coordenação Económica, Manuel Nuno Júnior.

Em declarações à ANGOP, Célio Miúdo indicou que a promoção da conferência vai fazer com que os investidores do sector diamantífero tenham uma visão sobre as oportunidades de investimentos, bem como, in-loco, constatar outras áreas de actuação como pesca fluvial e agropecuária, no quadro da diversificação da economia que o Executivo leva a cabo.

Outra vantagem, apontou, prende-se com a abordagem profunda sobre o apoio que as empresas mineiras devem prestar as comunidades circunvizinhas aos projectos, porque a maior parte vive uma pobreza extrema.

Apelou aos empresários e distintos responsáveis de cooperativas mineiras a aproveitarem o evento para trocarem experiências, com associados internacionais, e sanarem todas as dúvidas decorrentes do subsector de diamantes.

Por seu turno, o chefe do departamento para área de comunicação e imagem da Sociedade Mineira de Catoca, Mário Domingos, entende que, com a conferência internacional de diamantes de Angola, a província da Lunda Sul será um palco privilegiado porque terá temas de actualidade e um leque diversificado de empresas nacionais e estrangeiras, que operam na cadeia produtiva e de serviços do subsector dos diamantes, com o fim de melhorar o ambiente formativo presencial, com especialistas.  

" As empresas terão contacto e tomarão o conhecimento do potencial geológico mineiro de Angola, podendo suscitar algum interesse de investimento no mercado Angolano", asseverou.

Fez saber ainda que o evento constitui uma oportunidade de negociar a aquisição de materiais em uso nas minas, diminuindo, deste modo, a distância e os custos operacionais associados aos serviços essenciais à actividade mineira.

Por outro lado, instado sobre a facturação, informou que a Sociedade Mineira de Catoca no primeiro semestre obteve cerca de 280 milhões de dólares, resultantes da venda de 2,9 milhões de quilates de diamantes.

Durante dois dias, os conferencistas da Angola Internacional Diamond (AIDC) vão debruçar-se sobre " Os rendimentos na indústria diamantífera, nos últimos cinco anos", "Métodos e disponibilidade de dados", "Investigação geológica", "Resultados de áreas com potencial mineiro" e "Desafios e impactos nas comunidades".

Igualmente serão abordados a exploração mineira e desenvolvimento de projectos diamantíferos em Angola, depósitos primários e secundários, prospecção, análise de mercado de diamantes, pesquisa de tendências de joalharia e dados de laboratórios, bolsa, futuro do mercado e financiamento sustentável para a indústria mineira em transformação.

O evento contará com prelectores especialistas nacionais e estrangeiros, bem como representantes de vários bancos comerciais convidados.

Em Angola, os primeiros registos de ocorrência de diamantes verificaram-se em 1590, enquanto os primeiros cristais classificados como diamantes foram descobertos em 1909.

Em 1912 aumentaram as evidências da existência de diamantes no país, quando dois geólogos ligados à empresa “Forminiére” encontraram sete diamantes no riacho de Mussalala, na Lunda Norte.

Neste mesmo ano foi criada a Companhia de Pesquisas Mineiras de Angola (PEMA). As primeiras explorações diamantíferas tiveram lugar no rio Chicapa e seus afluentes.

Para este ano, Angola prevê atingir a produção de 9 milhões de quilates de diamantes.





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