Luanda – A companhia farmacêutica brasileira EMS vai, a partir deste ano, investir na instalação de uma unidade inovadora de produção de medicamentos e outros produtos farmacêuticos em Angola, com vista a atender as necessidades do mercado nacional, assegurou esta quarta-feira, em Luanda, o presidente deste grupo empresarial, Carlos Sanchez.
Para concretização desse desejo, a Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) e a EMS assinaram, hoje, na capital angolana, um Memorando de Entendimento que estabelece os termos da intenção de investimento da empresa brasileira em Angola.
A propósito, o presidente do grupo farmacêutico, Carlos Sanchez, esclareceu que a implementação do referido projecto vai depender do que Angola possui, para depois decidir se a infra-estrutura será de raiz ou através de estruturas já existente.
Referiu que a actual fase contempla o levantamento do mercado angolano e de países vizinhos, fruto da experiência da instituição no Brasil.
"A indústria será erguida tendo em conta as condições actuais que o mundo exige em termos de qualidade", reforçou.
Pedro Sanchez afirmou que do breve contacto que teve com as autoridades angolanas sentiu um forte apoio político, para que o projecto se torne uma realidade.
Ainda no quadro do memorando assinado, a AIPEX assegura a facilitação institucional e o acompanhamento do investimento, articulando com os órgãos competentes do Executivo, para garantir o cumprimento dos requisitos regulatórios e administrativos necessários à concretização do projecto.
O presidente do Conselho de Administração da AIPEX, Arlindo Rangel, considerou a instalação da indústria farmacêuticas como uma das prioridades do Governo angolano, tendo em conta que se pretende reduzir a importação e, posteriormente, evoluir para exportação.
Avançou que, após a realização do estudo de viabilidade económica e técnica, a EMS Angola será formalmente constituída e submeterá a sua proposta de investimento ao abrigo da Lei do Investimento Privado.
Realçou que a materialização desse projecto contribuirá para o reforço do sistema nacional de saúde, redução de custos de aquisição de medicamentos, criação de postos de trabalho qualificados e a expansão da capacidade de exportação de Angola no sector farmacêutico.
O Memorando de Entendimento assinado insere-se na estratégia do Governo de Angola para a industrialização do sector da saúde, com o objectivo de reduzir a dependência do país da importação de medicamentos, promover a transferência de tecnologia e criar capacidade local de produção e distribuição de produtos farmacêuticos.
A assinatura desse documento marca um passo estratégico na atracção de investimento estrangeiro directo para o sector da saúde, alinhando-se às prioridades definidas no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027 e a visão do Executivo de diversificação da economia e fortalecimento do ambiente de negócios.
A EMS é uma das maiores fabricantes de medicamentos genéricos do mundo, com presença consolidada no mercado internacional e um histórico de investimentos em inovação e expansão industrial. ML/QCB