CMC fiscaliza transação de 9,5 milhões em dívida pública

     Economia           
  • Luanda     Quinta, 07 Julho De 2022    16h58  
Presidente do Conselho de Administração da Comissão de Mercado de Capitais (CMC), Maria da Conceição Uini Baptista.
Presidente do Conselho de Administração da Comissão de Mercado de Capitais (CMC), Maria da Conceição Uini Baptista.
Divulgação

Talatona - A Presidente do Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Capitais (CMC), Maria Uini Baptista,  declarou, esta quinta-feira, que as transacções de títulos da dívida pública para o primeiro trimestre do ano de 2022 estão avaliadas em 9,5 milhões de dólares americanos.

De acordo com Maria Uini Baptista, que discursava no Workshop sobre" Os desafios do Investimentos por Não Residentes Cambiais, no Mercado de Capitais", a transacção foi intermediada por um banco angolano (sem especificar o nome), a favor de um investidor não residente.

Deste modo, considerou oportuno o aumento do investimento estrangeiro para trazer o aporte de capital e o aumento de liquidez nos mercados para onde forem direccionados"

Sendo assim, Maria Uini Baptista disse que a participação activa dos investidores estrangeiros no mercado financeiro angolano promove um conjunto de exigências que implicam a melhoria do nível da performance das instituições, a sofisticação, agilidade e adopção de modelos melhorados de governação corporativa, visando aumento de competitividade, eficiência e resiliência nas empresas.

" Hoje já temos fundo de capital de risco, fundos imobiliários e outros fundos funcionais, e é necessária a participação de investimentos estrangeiros para complementar a poupança interna", explicou.

A PCA afirmou que foram implementadas reformas, com destaque na abertura de contas de capital para simplificação de processos, eliminação da necessidade de credenciamento de investimentos e do título da dívida pública.

Por seu turno, o administrador da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (AIPEX), Lello Francisco, disse que o mercado financeiro em Angola está numa base embrionária e que a primeira empresa a emitir título foi o banco BAI.

Nesta perspectiva, fez saber que desde o início do funcionamento da AIPEX mais de 469 projectos de investimentos foram criados e estão avaliados em 5.5 mil milhões de dólares, dos quais, metades são investimentos estrangeiros.

"Apesar das dificuldades dos investidores, há apetência no mercado nacional, há estudos feitos por entidades internacionais que apontam uma mudança na percepção de investidores no mercado nacional, e há cada vez mais investidores com vontade de investir no país", afirmou.

Apontou ainda que uma das principais dificuldades no mercado financeiro é a falta de crédito, e as empresas que não conseguem obter dinheiro na banca podem obtê-lo através de mercados de capitais.  

Sublinhou também que o maior problema que existe no mercado de capital é o facto de que poucas empresas emitem títulos para captação de capitais.

" O grande desafio é tentar listar as empresas em bolsas para que o mercado seja robusto e possa sustentar a economia”, avançou.

Para o administrador executivo da Comissão de Mercado de Capitais, Emílio Londa, ainda há um défice dos investidores externos e num mundo globalizado os fluxos financeiros são muito importantes, e é necessário investidores para garantir a cobertura de gafes pontuais.

"Temos empresas que já têm intenção de emitir dívidas, acções, a perspectiva é de ter em seis meses ou 1 ano mais empresas com ofertas de investimento, concluiu.

Participam no evento, que hoje termina, empresas públicas e estrangeiras com intuito de aprofundar conhecimentos sobre o Mercado de Capitais, promover a discussão sobre os verdadeiros desafios enfrentados por investidores não residentes na realização de investimentos em carteira e definir estratégias que se traduzam em soluções para tais desafios, a CMC.

 





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