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Cinquenta armazéns em locais impróprios já transferidos  

     Economia              
  • Luanda • Segunda, 19 Junho de 2023 | 16h39
Armazém ( Foto ilustração)
Armazém ( Foto ilustração)
Aurélio Cua

Luanda – Cinquenta armazéns grossistas, que exerciam actividade em zonas impróprias, já foram transferidos para o Kicolo Shopping, no município de Cacuaco, em Luanda.

Outros armazéns, na mesma condição, serão transferidos para os espaços existentes no município de Viana e Cacuaco, informou hoje o governador provincial de Luanda, Manuel Homem, depois de reuniu com os empresários e associações empresárias, onde abordou o Plano de Reordenamento do Comércio, que decorre desde Fevereiro.

Ao  falar à imprensa, recordou que a Lei n.º 1/07 (Lei das Actividades Comerciais) estabelece lugares próprios para a venda a grosso, que não deve ser em zonas urbanas.

“A intenção é disciplinar a actividade comercial, garantindo ao cidadão qualidade de vida, higiene, limpeza, melhor mobilidade, bem como condições condignas aos colaboradores, como  salários e pagamentos da Segurança Social”, asseverou.

Segundo o governador de Luanda, existem estabelecimentos sem condições para os colaboradores e que têm salários em valores abaixo do estabelecido como salário mínimo nacional.

No âmbito do processo de reordenamento do comércio, Manuel Homem fez saber que se está em fase de sensibilização da população, bem como a implementação de medidas para organizar a capital, em determinadas zonas, com mais incidência no município de Luanda,  Cazenga e Cacuaco.

Afirmou que, para o êxito, precisa-se abordar o assunto com empresários, para juntos encontrar-se as melhores medidas e resolverem alguns constrangimentos na urbe.

“A ideia é criar condições para que todos ganhem com a qualidade de vida, higiene, limpeza, mobilidade  e questões sobre o funcionamento dos centros comerciais”, frisou.

Por sua vez, os empresários concordam  ser preciso fazer este trabalho para a mudança de paradigma na cidade de Luanda.  

O representante do Grupo Técnico dos Empresários, Nuno Borges da Silva, mostrou-se disponível em apoiar o Governo de Luanda para encontrar as melhores soluções para o Plano de Ordenamento do Comércio.

No entanto, Nuno Silva disse estar igualmente interessado em fazer com que o impacto deste processo seja menos agressivo para os empresários.

No quadro do Plano de Reordenamento do Comércio em Luanda, em curso ao longo das avenidas Cónego Manuel das Neves, a envolvente da zona do São Paulo (Distrito Urbano do Sambizanga ) e Ngola Kiluanje (Distrito Urbano do Hoji Ya Henda), já foram encerradas cerca de 300 lojas e armazéns, por prática irregular do comércio.

O Plano do Reordenamento do Comércio visa, dentre outros objectivos, repor a legalidade do comércio formal e informal, ao longo das vias da província de Luanda. ML/AC



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