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Cimeira EUA-África reforça captação de investimentos para Angola - empresários

     Economia              
  • Luanda • Sexta, 25 Outubro de 2024 | 06h51
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Cimeira de Negócios EUA-ÁFRICA
Cimeira de Negócios EUA-ÁFRICA
Quinito Bumba-ANGOP
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Delegação angolana nas reuniões de Bretton Woods
Delegação angolana nas reuniões de Bretton Woods
Quinito Bumba - ANGOP

Washington (Do enviado especial) - A 17ª Cimeira Estados Unidos-África, agendada para 23 a 27 de Junho de 2025, em Luanda, vai reforçar a atracção de investidores e o financiamento para a diversificação da economia angolana, consideraram esta quinta-feira, em Washington (EUA), empresários norte-americanos.    

Em declarações à imprensa angolana, no âmbito das reuniões do Banco Mundial e FMI, os investidores Matthew Greenman, Ivette Babb e Martin Weber manifestaram o interesse em conhecer a realidade do mercado angolano e firmar parcerias de negócios.

Segundo Matthew Greenman, a cimeira vai cimentar novas parcerias e captar mais investimentos, bem como reforçar a carteira de financiamento.

Sublinhou que o interesse em desenvolver negócios em Angola será reforçado com a visita do Presidente Joe Biden a este país africano, agendada para Dezembro próximo.

Por sua vez, Ivette Babb manifestou o desejo de contribuir na formação do capital humano e construção de infra-estruturas estratégicas, como o Corredor do Lobito.

A empresária, que falava no final do fórum de investidores internacionais, considerou a realização da cimeira no território angolano uma “demonstração clara do comprometimento do Governo americano, que está alinhado com as reformas macroeconómicas feitas pelo Executivo angolano”.

Na mesma senda, Martin Weber encara o evento como uma oportunidade para parcerias com actores angolanos nos vários domínios, considerando positivo o trabalho que o Governo angolano tem feito para promoção do sector não petrolífero, como agricultura e infra-estruturas, áreas em que a sua empresa actua.

Já o economista-chefe do Standard Bank para Angola, Moçambique e República Democrática do Congo (RDC), Fáusio Mussá, avançou que a cimeira EUA-África serve como plataforma para que Angola encontre soluções apropriadas de financiamento de projectos estruturantes, com destaque para o sector energético, que tem capacidade para fornecer energia eléctrica aos países da região da SADC.

O especialista reconheceu o aumento significativo do país na produção de energia eléctrica, um potencial que, no seu ver, deve ser acompanhado com investimentos para expandir a sua distribuição, com a construção de infra-estruturas de transporte.

Sublinhou que o evento servirá, entre outros, investidores da África Austral e do Ocidente mais interessados no projecto Corredor do Lobito, sobretudo empresários do sector mineral.

No seu entender, a cimeira vai também ajudar a identificar novos projectos e proporcionar investimentos para o desenvolvimento da linha férrea, que oferece oportunidades para a implementação de projectos sociais ao longo do corredor.

Angola apresenta quadro macroeconómico

Ainda quinta-feira, a delegação angolana apresentou os avanços fiscais e monetários, assim como o crescimento do PIB, a conjuntura do mercado cambial e divulgou as oportunidades de investimento no sector real da economia nacional, durante o fórum de investidores internacionais, promovido pelas empresas Cygnum, CITI e Deutsche Bank.

Denominado “IMF Investor Meeting: Angola’s Economic Outlook”, o evento realizado em três sessões distintas, com investidores de vários domínios, marcou o quarto dia das reuniões de Bretton Woods, que terminam sábado (26).

No final, o director da Unidade de Gestão da Dívida (UGD), Dorivaldo Teixeira, considerou positivo o encontro, por permitir partilhar as reformas macroeconómicas do país e as perspectivas económicas do Governo angolano.

Destacou a intensificação do desenvolvimento do capital humano e a promoção da segurança alimentar, bem como a demonstração da consistência e desempenho da política monetária como principais assuntos que dominaram o fórum.

No mesmo dia, as delegações participaram ainda de um debate que reflectiu em torno da resiliência da economia global face aos sucessivos choques, num painel que contou com a presença da ministra das Finanças, Vera Daves, como uma das oradoras.

Para esta sexta-feira, penúltimo dia de trabalhos, o programa reserva encontros bilaterais para fortalecimento de parcerias em vários domínios de financiamento.

A delegação vai abordar a parceria entre Angola e SG no que concerne ao financiamento à exportação, Eurobonds, empréstimos e ECA, numa promoção do Banco Societe Generale, além da recente transação financeira  de USD 500 milhões e novas oportunidades de colaboração com o Governo de Angola, a ser promovido pelo Banco Standard Bank. QCB/VC





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