Luanda - Um grupo de potenciais investidores chineses visita Angola em Abril deste ano, com objectivo de investir no sector agrícola, nomeadamente na produção de arroz, milho, feijão e mandioca.
Constituído em associação de nove empresas, o grupo de empresário chinês pretende actuar nas províncias de Malange, Bié, Huambo, Zaire e Luanda.
Em declarações à Angop, a propósito de uma feira de materiais agrícola, o vice-presidente do conselho da ASSOCHINA, YongBao Chen, disse que a associação pretende actuar também no sector de distribuição de insumos agrícola, com grande referência para a importação de vinte mil toneladas de fertilizantes.
“É necessária a criação de condições que facilitem o investimento privado, pois existem muitos empresários chineses que pretendem investir em Angola”, referiu.
Neste momento, decorrem as diligências entre a entidade diplomática chinesa e o Estado angolano, com vista a facilitar a importação do fertilizante.
Durante o1º Fórum Nacional da Indústrias e Comércio, promovido a 3 de Fevereiro, pelo Ministério da Indústria e Comércio, sob o lema “Os Desafios da Auto-suficiência Alimentar”, o ministro do Estado para Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, reiterou a aposta na parceria com sector privado, com vista a promoção da auto-sustentabilidade.
Face a estes desafios, a empresa YONGJIN Angola realiza de 1 a 30 de Março, uma feira de apresentação de meios agrícolas como motos, moinhos para a transformação de fuba de milho e bombo, bem como de descasque de arroz.
Para o representante da empresa, YongBao Chen, tal facto visa disponibilizar meios a baixo preço para os pequenos produtores, com o fim de capitalizar a produção nacional nas diversas vertentes.
“Estão expostas mais de 400 máquinas que servem para desenvolver a agricultura familiar, desde semeadoras, pequenos tractores, máquina de descasque de arroz e debulhador de milho”, asseverou.
Por sua vez, o pequeno agricultor da província do Uíge, Domingos Manuel, disse que a aposta na maquinação da pequena agricultura vem potenciar a produção e transformação dos produtos do campo, uma vez a dificuldade para o seu escoamento.
“Tenho produzido a mandioca, a banana, batata-doce e o feijão, mas precisamos de apoio de quem de direito no sentido de se poder escoar os produtos, sendo que muitos acabam por estragar no campo”, sublinhou.
Quanto à iniciativa do grupo de empresários chinês em apostar na dinamização da agricultura feita pelos pequenos produtores, referiu que é salutar que as condições sejam criadas por parte do Executivo para que se possa atingir os objectivos.
Angola e China partilham, há 40 anos, relações políticas e diplomáticas, iniciadas em 1983, tendo deste histórico sido estabelecidas, há 13 anos, uma parceria estratégica. ANM/AC