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China pretende importar grandes quantidades de produtos agrícolas

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 19 Janeiro de 2022 | 12h09
Mandioca (ilustração)
Mandioca (ilustração)
Lucas Neto

Luanda – A República da China está interessada em começar a importar, a curto prazo, elevadas quantidades de seis produtos agrícolas, de referência, no quadro do protocolo de cooperação entre a Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA) e a Zona Franca China-África.

Entre os produtos “made in Angola” destacam-se a Mandioca, o Gindungo, Café, Soja, feijão e castanha de caju, para serem exportados, no decurso deste ano, para um vasto mercado de consumo, habitado por cerca de 1.411 bilião de habitantes, segundo o censo populacional de 2020 desse país asiático.

Para o efeito, os representantes da Zona Franca China-África solicitam aos associados da Câmara de Comércio e Indústria de Angola e demais empresários os referidos produtos com a descrição da quantidade e os respectivos preços, para exportar à República da China.

Segundo uma nota da CCIA a que a ANGOP teve acesso, essa oportunidade abrange associados da Câmara de Comércio e Indústria de Angola CCIA e demais empresários no país, assim como contempla outros produtos com qualidade para exportação à República da China.

Os interessados, adianta a nota, podem contactar o Departamento de Apoio ao Sector Empresarial da Câmara de Comércio e Indústria de Angola, através dos contactos telefónicos 945748726 e 996231904 ou através do e-mail CCIANGOLA2021@gmail.com

Zona franca China-África

Em Agosto de 2021, a Câmara de Comércio e Indústria de Angola (CCIA) e o Parque de Demonstração de Inovação da Cooperação Económica e Comercial China-África assinaram um memorando, em Luanda, que visou reforçar a cooperação económica, transferência de tecnologia e promoção de investimentos.

Ao abrigo deste acordo, as partes obrigam-se em priorizar a cooperação no sector agrícola, convidar Angola a propor uma relação de produtos especiais a serem promovidos no mercado chinês, bem como uma lista da procura de produtos chineses nesse país africano.

Consta ainda do acordo, a promoção da presença de empresas angolanas na Zona Piloto de Cooperação Económica e Comercial Profunda China-África, o reforço da parceria no domínio da educação e formação de forma orientada, além da utilização do turismo como ponto de entrada para desenvolver conjuntamente produtos relevantes.

Apesar da quebra nas trocas comerciais entre o gigante asiático e Angola, agravada pela crise da pandemia da Covid-19, Angola destaca-se como um dos parceiros lusófonos com mais transacções comerciais com a China, e o segundo país africano a ter voos directos com a cidade chinesa de Hunan.

Só nos primeiros seis meses de 2021, as trocas comerciais entre as Repúblicas de Angola e da China As trocas comerciais entre Angola e China aumentaram 23,9% no primeiro semestre de 2021, para 10.550 milhões de dólares (8.985 milhões de euros), face ao período homólogo, segundo o embaixador chinês em Angola, Gong Tao.

Neste altura, entre outros produtos, Angola exporta essencialmente para a China Petróleo, Blocos Brutos de rochas ornamentais (granitos e mármores) e madeira.





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