Luanda - O embaixador da China em Angola, Gong Tao, anunciou na quinta-feira, em Luanda, que o seu país prevê reduzir em 98% as taxas de importação de produtos angolanos e de outros países africanos.
Falando num encontro com os jornalistas, o embaixador chinês frisou que em meio a eventos adversos, a China continua a ser uma importante âncora de estabilidade e força motriz do crescimento económico global, oferecendo as oportunidades do desenvolvimento aos outros países do mundo.
Gong Tao considera que o modelo da China oferece uma inspiração para nações que desejam acelerar o seu desenvolvimento, preservando a sua independência.
Disse que o objectivo é dar maior facilidade, apoios e permitir o surgimento de mais investimentos para Angola.
Destacou que Angola, como produtora de petróleo, pode contribuir para a garantia da segurança energética no mundo, tendo em conta o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Angola e a China celebram, em Janeiro de 2023, 40 anos de estabelecimento de relações diplomáticas.
Os dados oficiais indicam que a China continua a ser o maior parceiro comercial de Angola, mantendo-se no primeiro lugar da lista dos maiores clientes das exportações de bens angolanos, com destaque para o petróleo.
Desde 2007, Angola tornou-se no maior parceiro comercial da China em África, com um volume de negócios avaliado em 24,8 mil milhões de dólares norte-americanos, só em 2010.
O gigante asiático comprou, entre Janeiro e Junho de 2022, mercadorias no valor de 9,9 mil milhões USD, o equivalente a 47,8% do total das exportações nacionais para o resto do mundo.