Benguela – Cerca de um milhão e trezentas mil pessoas são transportadas anualmente pelos comboios do Caminho de Ferro de Benguela, anunciou, sexta-feira, o seu Presidente do Conselho de Administração, António Cabral.
Segundo o responsável, que falava à ANGOP, à margem de uma visita realizada às instalações da companhia ferroviária por militantes do Comité Provincial do MPLA, o volume de mercadorias transportadas/ano é de 350 mil toneladas.
António Cabral considera que em termos de mercadoria, o que se transporta ainda é muito pouco, em função da disponibilidade de equipamentos, o que reflecte negativamente na rentabilização da empresa.
Referiu que o governo investiu na reabilitação e modernização do CFB, tendo-se passado, por exemplo, de travessas de madeira para betão.
Ao longo da linha, com 120 anos e com uma extensão de mil e 344 quilómetros, passando por quatro províncias, nomeadamente Benguela, Huambo, Bié e Moxico, foram construídas 66 estações e instalada fibra óptica.
O PCA informou que, das 100 locomotivas adquiridas pelo governo para as três linhas férreas do país, o CFB ficou com 50.
“O CFB possui um comboio expresso, que sai do Lobito às segundas-feiras com destino ao Luau, num percurso de 30 horas de viagem”, acrescentou.
Sobre a concessão do CFB, explicou que a empresa vai ficar com a área social de transportação de pessoas e pequenas mercadorias, enquanto a transportação de grandes volumes de mercadorias será da responsabilidade das empresas concessionadas.
Por sua vez, o 2º secretário do MPLA em Benguela, António Capewa Calianguila, que encabeçou a delegação do Comité Provincial, disse que a visita ao CFB enquadra-se nas comemorações do 66º aniversário do partido, que se assinala a 10 de Dezembro.
“Nós realizamos esta viagem turística de comboio para enaltecer também o desenvolvimento do país”, enfatizou.
O político referiu que o seu partido tem orgulho da infra-estrutura ferroviária, dai que deve merecer o apoio de todos os militantes e simpatizantes do MPLA na luta contra aqueles que sabotam a linha.
António Capewa Calianguila condenou os actos de sabotagem da linha e a destruição parcial de comboios ao longo da linha, o que considera não ser bom para a cidadania e para os angolanos que querem ver o país a ir para frente.