Pesquisando. PF Aguarde 👍🏽 ...

Centrais fotovoltaicas reduzem custos com energia - ministro

     Economia              
  • Benguela • Quinta, 11 Março de 2021 | 20h53
Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges
Ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges
Pedro Parente

Catumbela – O Governo angolano prevê poupar cerca de um milhão e 400 mil litros de combustível diariamente, com a produção de energia eléctrica através de centrais solares, anunciou esta quinta-feira, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.

Trata-se de sete centrais de energia solar fotovoltaica, a serem construídas nas províncias de Benguela, com duas, Bié, Huambo, Moxico, Lunda Sul e Lunda Norte, totalizando 370 megawatts (MWp) de capacidade instalada, num valor superior a 500 milhões de Euros, financiados pela Agência de Promoção de Exportações da Suécia (SEK).

Para tal, a província de Benguela foi escolhida para iniciar este megaprojecto, a cargo da empresa norte-americana Sun África e da construtora portuguesa MCA, com o lançamento da primeira pedra de construção de dois parques solares, sendo um no Biópio (188, 877 MWp) e outro na Baía Farta (96, 703 MWp).

Segundo o ministro, os cerca de 306 megawatts (MWp) que serão instalados em três parques, como Baía Farta, Biópio e Cuito, atenderão as necessidades não só de Benguela e Bié, mas também de toda a rede eléctrica nacional, visto que serão ligados à rede eléctrica nacional.

Os restantes quatro parques solares, com cerca de 74 MWp, nas localidades de Saurimo (Lunda Sul), Lucapa (Lunda Norte), Luena (Moxico) e Bailundo (Huambo) funcionarão em sistema híbrido com as centrais térmicas já existentes, com o objectivo de reduzirem o consumo de diesel.

O objectivo do uso de energia limpa e renovável e de baixo custo é reduzir o consumo de combustível e, assim, os custos, com o ministro João Baptista Borges a salientar a poupança de centenas de milhões de dólares, ao longo do tempo de vida útil dos sistemas fotovoltaicos a instalar.

No fundo, disse o governante, a entrada em operação destes parques de energia solar fotovoltaica vai reduzir os elevados custos com os combustíveis fósseis e com os recursos cambiais necessários para a sua importação. 

“Vão permitir que se reduza os custos com os combustíveis, uma vez que vamos substituir combustível por energia limpa”, salientou, apontando ainda como ganhos da utilização de energia solar, a par da hídrica, a massificação do acesso da população rural à electricidade.  

Destacou, ainda, que os parques solares podem substituir parte da produção de energia hídrica e, assim, evitar restrições no fornecimento, em momentos de prolongada estiagem como a que o país atravessa, actualmente, estando os reservatórios das grandes centrais hidroelectrticas com níveis de água reduzidos.

Acredita que este megaprojecto, que se prevê concluir até ao fim do primeiro semestre de 2022, será um importante reforço da capacidade energética nas seis províncias onde vai ser implantado, nomeadamente Benguela, Bié, Huambo, Moxico, Lunda Sul e Lunda Norte.

Daí ter adiantado que as estimativas indicam que a energia solar vai beneficiar cerca de um milhão e 200 mil famílias, uma vez que as regiões escolhidas para as primeiras centrais solares do país são “extremamente povoadas”.

Aproveitou ainda a ocasião para ressaltar a estratégia nacional para as energias renováveis que prevê a possibilidade de instalação de uma capacidade de produção em parques solares estimada em 55 mil megawatts.





Notícias de Interesse

A pesquisar. PF Aguarde 👍🏽 ...
+