Luanda - O director-geral do Instituto Nacional de Estatística (INE), José Calengi, reafirmou esta quinta-feira, em Luanda, o empenho contínuo dos recenseadores, sobretudo nas zonas recônditas, para uma cobertura desejável do Recenseamento Geral da População e Habitação (Censo 2024), que decorre desde 19 de Setembro, no país.
Segundo o responsável, os resultados preliminares do Censo serão conhecidos quatro meses depois do término do processo de recolha de dados e os primeiros resultados definitivos somente após um ano e meio, ao que se seguirão outros relatórios temáticos.
José Calangi, que falava durante uma conferência de imprensa sobre o ponto de situação do processo, referiu que, desde a extensão do período de recolha de dados, algumas províncias já atingiram a percentagem de cobertura acima dos 60 por cento, sem precisar quais as localidades.
Conforme o director, o alargamento do prazo está a garantir maior abrangência do processo, precisão dos dados colectados juntos dos agregados familiar e mais flexibilidade face aos imprevistos, como condições climáticas adversas e outras dificuldades.
Em função da prorrogação, houve a necessidade de uma adenda de contrato na base de um consenso entre o INE e os recenseadores, de acordo com a fonte, que assegurou o cumprimento dos deveres da instituição para com os técnicos.
Disse estar-se a dar tratamento a reclamações pontuais relativas aos pagamentos das merendas a alguns recenseadores.
Noutra parte da sua intervenção, reiterou o apelo às famílias no sentido de receberem os recenseadores de forma cordial e prestar as informações necessárias, tendo em conta a importância deste exercício para a caracterização da população angolana e melhoria da formulação das políticas públicas.
A decorrer desde 19 de Setembro sob o lema “Juntos contamos por Angola”, o período para recolha de dados do Censo 2024, cujo termo estava previsto para 19 deste mês (Outubro), foi extenso por quatro semanas, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), instituição que desenvolve o processo no país.
Aquando do anúncio da extensão do período do Censo 2024, a semana transacta, o director-geral do INE indicou a conclusão da recolha de dados, na altura, em mais de 110 comunas, das 518 previstas no país, maioritariamente nas províncias do Cuanza-Norte, Zaire, Huambo, Cuanza-Sul, Lunda-Sul, Malanje, Cuando Cubango, Uíge, Lunda-Norte, Luanda, Cabinda e Moxico.
O processo envolve 79 mil 423 agentes de campo, divididos em 67 mil 131 recenseadores e 12 mil 92 supervisores, que asseguram o trabalho em todo o território nacional.
O Censo visa, entre outros objectivos, conhecer a estrutura da população e disponibilizar a base de dados concretos e actualizados para o planeamento, definição, gestão de políticas públicas e tomada de decisões.
À semelhança do evento de há 10 anos, o Censo geral 2024 é um processo essencial para a sociedade angolana, na medida em que fornecerá indicadores concretos e actualizados imprescindíveis para a definição de políticas públicas e a tomada de decisões.
O recenseamento anterior, ocorrido de 16 a 31 de Maio de 2014, apurou a existência de 25 milhões 789 mil e 24 habitantes no país. ACC/VC