Luanda – O Instituto Nacional de Estatística (INE) abriu várias linhas telefónicas de atendimento, nas 18 províncias de Angola, para permitir que as famílias ainda não recenseadas possam agendar as respectivas entrevistas e serem contabilizadas.
O facto foi anunciado, esta sexta-feira, em Luanda, pelo porta-voz da Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo 2024, Hernany Pena Luís, referindo que com essas linhas telefónicas, pretende-se assegurar que todos os agregados que habitam no território nacional sejam recenseados.
Falando à imprensa, no final de mais uma reunião dessa Comissão, o responsável disse que o processo segue “a bom ritmo” e que as equipas estão a trabalhar até no período nocturno, sempre em alinhamento com os agregados.
“O quadro actual é diferente de como quando começámos. Temos parte significativa da população recenseada”, sublinhou, citando como exemplos as províncias do Huambo, Bié, Lunda-Norte e Cuanza-Norte, cujos níveis de produção estatística serem animadores.
Porém, reconheceu haver ainda alguma resistência de adesão por parte de cidadãos nas zonas urbanas, pelo que reiterou o apelo aos governos provinciais, as administrações municipais e outras instituições a reforçar as acções de sensibilização nas suas jurisdições, a escassos dias do término do processo.
A reunião da Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo serviu para avaliar o processo censitário no país, que decorre desde 19 de Setembro.
Inicialmente, o término estava programado para Outubro, mas foi prorrogado para mais quatro semanas, estando assim o fecho previsto para 19 deste mês.
A decorrer sob o lema “Juntos contamos por Angola”, o Censo é organizado pelo Governo angolano, através do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O processo envolve 79 mil 423 agentes de campo, divididos em 67 mil 131 recenseadores e 12 mil 92 supervisores, que estão assegurar o trabalho em todo o território nacional.
O recenseamento anterior, ocorrido de 16 a 31 de Maio de 2014, apurou a existência de 25 milhões 789 mil e 24 habitantes no país.
À semelhança do evento de há 10 anos, o Censo 2024 é um processo essencial para a sociedade angolana, na medida em que fornecerá indicadores concretos e actualizados imprescindíveis para a definição de políticas públicas e a tomada de decisões. ACC/QCB