Huambo – A população da província do Huambo defendeu, esta terça-feira, maior empenho na mobilização da sociedade, a fim de participar no Censo Geral da População e Habitação 2024, para a assertividade dos investimentos públicos e melhoria do bem-estar comum.
Ouvidos esta terça-feira pela ANGOP, a propósito da preparação do processo censitário, consideram que, dada a sua complexidade e importância, todos os cidadãos, desde as zonas recônditas às cidades, precisam estar mobilizados, para a qualidade dos dados a serem recolhidos, sobretudo, no agregado familiar, habitação e o estilo de vida.
O Censo Geral da População e Habitação 2024 tem o seu início previsto para 19 de Julho próximo em todo o país, sob o lema “Juntos contamos para Angola”.
Gabriel Francisco, professor do II ciclo de um colégio privado do Huambo, disse ser importante que o país, no geral, esteja mobilizado, com tarefas diversas, para o êxito do Censo 2024, para além de adopção de medidas facilitadoras para a compreensão e resposta do questionário em zonas recônditas e de difícil acesso.
Na sua visão, o Censo Geral da População e Habitação 2024 só terá os níveis de sucesso desejado se houver aposta na comunicação, não só em português, mas também em línguas nacionais, para se conhecer a cifra da taxa global de crescimento e de todas outras características da população.
O estudante universitário José Armando defendeu a formação multidisciplinar aos agentes censitários, sociedade civil, autoridades tradicionais e entidades religiosas, para a mobilização da população, por ser uma etapa importante do país, que vai exigir a recolha de dados qualitativos e quantitativos.
Disse que todos deverão ser agentes transformadores deste desafio, que terá a particularidade de ser digital, com a correcção dos dados em tempo real, para medir a real projecção do crescimento da população angolana.
O docente universitário Eduardo Sonjamba disse que a realização do Censo Geral 2024 será um marco histórico para o país, pois trará dados exactos sobre a quantidade da população, qualidade e estilo de vida e em que localidade estão, desde as crianças, jovens e adultos.
Abílio Capingala, o funcionário público, apelou à população a receber os agentes censitários para prestar as informações necessárias sobre o seu agregado familiar, estilo de vida, entre outros, para servir de planificação de políticas públicas no país.
O estudante Américo Muatchissenda destacou que o Censo vai permitir efectuar, no geral, o cadastro das famílias e a população, para saber quantos e como são, desde as questões financeiras, saúde, educação e outros sectores socioeconómicos, para o desenvolvimento do país.
Disse que o processo terá muita utilidade no país, pois os dados a serem recolhidos permitirá o Estado angolano melhor gerir os projectos sociais e saber em que zona deve cabimentar mais receitas, sobretudo, do combate à pobreza.
Recorda-se que a actualização da malha cartográfica da província do Huambo, para o Censo Geral da População e Habitação 2024 está concluída, desde 12 do corrente mês, com um cadastro de oito mil 578 secções censitárias, agrupadas nos 11 municípios.
Para o êxito na recolha dos dados prevê-se o recrutamento de sete mil 579 agentes de campo, para cobrir as secções censitárias, que correspondem entre 80 e 120 aglomerados habitacionais nos municípios e comunas locais.
Segundo as previsões do INE para 2024, a província do Huambo tem uma população estimada em dois milhões, 830 mil 415 habitantes, distribuídos pelos municípios do Bailundo, Caála, Cachiungo, Chicala-Cholohanga, Chinjenje, Ecunha, Huambo, Londuimbali, Longonjo, Mungo e Ucuma.
O Censo Geral da População e Habitação 2024 será o terceiro na história do país, sendo o primeiro realizado em 1970, cinco anos antes da Independência Nacional, proclamada a 11 de Novembro de 1975, enquanto o segundo decorreu em 2014. ZZN/JSV/ALH
