Luanda – O porta-voz da Comissão Multissectorial de Apoio à Realização do Censo 2024, Hernani Pena Luís, apelou, esta terça-feira, em Luanda, para a necessidade de todos cidadãos residentes em Angola elevarem o sentido patriótico e cívico, durante o período censitário, numa altura em que faltam 9 dias para o início do recenseamento.
Em declarações à imprensa, no final da reunião dessa comissão, coordenada pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Fortado, Hernani Luís reiterou que o processo censitário precisa da participação de todas as franjas da sociedade, para permitir apurar informações úteis para actualização dos indicadores de governação no país.
Neste sentido, apela para o envolvimento de todas as forças vivas da sociedade, com realce para as igrejas, partidos políticos e autoridades locais, com vista ao alcance dos objectivos traçados.
Reforçou que todas as condições logísticas e humanas estão criadas para o arranque do Censo, um processo que vai contar, entre outras instituições, com o apoio das Forças Armadas Angolanas (FAA) para disponibilizar meios de transportes terrestres e aéreos para percorrer as zonas recônditas do país.
Em relação à reunião, o porta-voz disse que este encontro permitiu avaliar o nível de preparação do processo, que se encontra apto para o início no dia 19 deste mês.
Para essa operação estão a ser formados, desde segunda-feira (dia 9), nas 18 províncias do país, 79 mil e 423 agentes recenseadores, distribuídos em mais de mil e 900 salas de aula, sendo a última fase do processo de capacitação sobre o Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH), que inicia a 19 deste mês, em Angola.
A presente acção formativa, a decorrer num período de 10 dias, visa, essencialmente, dotar os agentes de campo com técnicas de persuasão eficiente no acto das entrevistas.
Durante a fase de formação, os recenseadores vão reflectir em torno de temas como “Procedimentos de recolha de dados”, “O uso do sistema de recolha de informação”, “Protocolo, segurança e privacidade” e “Habilidades de comunicação”.
A par dos agentes de campo, a capacitação censitária também abrangeu, nesta terça-feira, em todo o país, os profissionais da comunicação social que vão reportar todas as incidências antes, durante e depois do Censo.
O Censo será feito em todo território angolano, abrangendo todas as idades, incluindo os bebés e as crianças, que estiverem presentes em Angola durante o momento censitário, bem como inclui a contagem de todas as habitações do país.
Os estrangeiros que residem em Angola há mais de seis meses também serão recenseados.
O recenseamento é um dos acontecimentos mais importante do país, por permitir recolher informações de quantas pessoas tem o território nacional, onde e como vivem os cidadãos, com vista a melhorar a planificação dos investimentos nas áreas da habitação, energia, saneamento básico, escolas, postos de saúde, estradas e outros serviços essenciais.
Sob o lema "Juntos contamos por Angola", o Censo Geral da População e Habitação/2024 será o terceiro na história do país, sendo o primeiro realizado em 1970, cinco anos antes da independência de Angola, enquanto o segundo decorreu em 2014.
Esse processo tem como objectivo disponibilizar a base de dados para o planeamento, gestão e tomada de decisões, bem como construir uma base de amostragem para a selecção de amostras de inquéritos, junto dos agregados familiares.
Constam, igualmente, dos objectivos conhecer a estrutura da população para todas as unidades administrativas do país, reforçar a capacidade nacional técnica e material para conduzir recolhas futuras de dados. QCB/VC
