Luanda - O presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), Gilberto da Piedade Veríssimo, revelou, nesta terça-feira, que vários países da região manifestaram o desejo de verem a companhia aérea angolana TAAG operar para as suas capitais.
Gilberto Veríssimo, que foi recebido em audiência pelo ministro dos Transportes, Ricardo D'Abreu, referiu que “se verifica um deserto aéreo de companhias nacionais, neste espaço, que está a ser ocupado por linhas aéreas de outras regiões e de outros continentes”.
O presidente da CEEAC pediu, igualmente, que conste da agenda do Ministério dos Transportes de Angola a criação de um pool de companhias aéreas da região, para se iniciar um programa de inter-conectividade entre as capitais dos estados membros da organização.
Com esta iniciativa, a Comunidade Económica dos Estados da África Central quer ver as distâncias mais encurtadas e permitir uma circulação mais expedita e menos onerosa de cidadãos e mercadorias entre os Estados membros.
Por sua vez, Ricardo Viegas D’Abreu agradeceu a visita e referiu que os assuntos abordados fazem parte do projecto de reforma institucional e legal do sub-sector da aviação civil angolano, mas a sua concretização passa por um conjunto de acções.
Tais acções, segundo o ministro, estão plasmadas no programa das Linhas de Orientação Estratégica do ramo da Aviação Civil, iniciado com a transformação da TAAG em sociedade anónima e com a cisão da ENANA em SGA e ENNA, assim como a conversão do INAVIC em Autoridade Nacional da Aviação Civil, como um ente autónomo e independente.
O Ministro explicou que “há todo um conjunto de questões técnicas e operacionais, ligadas ao sistema da aviação civil, que têm que ser superadas”.
Para o efeito, adiantou, “estarems a contar com a assistência da ICAO (Organização Internacional da Aviação Civil), de modo a que o país seja visto e reconhecido como um exemplo credível em África e mundialmente, com infra-estruturas devidamente certificadas, ao serviço do país, da região e do continente.
O Ministro garantiu ainda que, no curto prazo, superada a questão da pandemia da Covid-19 e dos seus efeitos, a TAAG, mediante um estudo já realizado sobre novos destinos, poderá retornar a alguns países da região e chegar a outros pela primeira vez.
No final do encontro foi acordado que deverão ser dados os passos subsequentes para trazer à mesa do diálogo as operadoras nacionais e os governos dos estados membros da CEEAC, a fim de reflectirem sobre a necessidade de se incrementar a conectividade regional.