Saurimo – A mina de diamantes da Sociedade Mineira de Catoca, com 28 anos de produção, poderá ser transformada em subterrânea, por ter atingido o tempo útil de exploração, de 10 a 13 anos, informou, esta sexta-feira, fonte da empresa.
Localizada na província da Lunda Sul, a Sociedade Mineira de Catoca, com cerca de 10 mil trabalhadores directos e indirectos, existe há 28 anos, sendo a quarta maior mina do mundo explorada a céu aberto e responsável por mais de 75% da produção de diamantes de Angola.
Em declarações à ANGOP, o diretor-geral de Catoca, Benedito Manuel, disse que dentro deste período a mina a céu aberto vai atingir a exaustão das reservas aos 600 metros de profundidade, daí a necessidade de se encontrar outra forma de minerar, senão poderá paralizar dentro do prazo estabelecido.
Informou que os estudos apontam que até chegar a esse limite não se pode explorar a céu aberto, acrescentando que já há informações de que abaixo dos 600 metros de profundidade tem muito kimberlito (diamante).
Afirmou que estão a ser feitas sondagens de perfurações, no sentido de obter dados que sirvam para fazer estudos de viabilidade de construção de uma mina subterrânea.
De acordo com o director, se esse projecto for construído irá aumentar o tempo de vida de Catoca, em termos de exploração mineira, e, adiantou que se está a realizar prospecções na concessão, onde se descobriu outros objectos mineráveis.
Produção diamantífera
Benedito Manuel disse que tendo em conta as condições geológicas minerais muito adversas, a produção diamantífera referente a este ano terão uma redução em termos de quilates recuperáveis.
Acrescentou que a empresa atravessa, neste momento, o cinturão xenolítico (camada de rochas, cujas características levam muito esforços para minerar e são superiores, em virtude da capacidade das rochas).QB/AC