Soyo – Dez naufrágios envolvendo embarcações de fabrico artesanal foram registados pela Capitania do Porto do Soyo, na província do Zaire, de Janeiro a Março deste ano.
A negligência, o mau tempo e estado técnico das embarcações estiveram na base dos acidentes navais, de acordo com o chefe de segurança marítima da Capitania do Porto, Alexandre Borges Machado.
Em declarações esta quinta-feira à ANGOP, o responsável informou que em 2022 a sua instituição registou 30 naufrágios ao longo da costa marítima e fluvial do rio Zaire.
Sem se referir ao número de vítimas e danos materiais resultantes desses acidentas, a fonte considerou preocupante a situação.
De acordo com o responsável, o incumprimento das normas de navegação marítima por parte de alguns armadores e navegadores tem colocado em risco a vida de muitos passageiros.
“Temos armadores que não cumprem com período de manutenção das suas embarcações, desenvolvendo as suas actividades em condições técnicas deploráveis”, argumentou.
Assegurou o reforço nos próximos dias das medidas de controlo e fiscalização da actividade dos armadores, obrigando-os a cumprir com zelo e rigor as normas de navegação marítima e fluvial.
O chefe de segurança marítima da Capitania do Porto do Soyo falava à margem do acto de encerramento de um seminário dirigido aos agentes locais do ramo, que durante três dias decorreu nesta cidade.
Promovido pela Comissão Internacional da Bacia do Congo-Oubangui-Sangha (CICOS), com o apoio da União Europeia, o seminário abordou, entre outros assuntos, os regulamentos comuns de construção de equipamentos navais e de manutenção de embarcações. JFC/PMV/JL