Luanda - Angola tem capacidade de armazenagem em combustíveis líquidos à volta de 675 mil 968 toneladas métricas (TM), tendo o volume de aquisição para o mercado interno, nos últimos seis anos, rondado os cerca de 21 mil 241 TM.
Os dados foram avançados esta terça-feira, em Luanda, pelo director-geral do Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP), Luís Alves Fernandes, durante a conferência de balanço das actividades do 6º aniversário da instituição.
O gestor fez um informe sobre o trabalho desenvolvido pelo órgão e apontou algumas áreas como principais oportunidades para eventuais investidores no sector.
Fez saber que, no período em referência, foram emitidas 11 669 (onze mil e seiscentos e sessenta e nove) autorizações para importação de óleos e lubrificantes, 6 523 para comercialização e 5 146 para o consumo, o que corresponde a 56% e 44%, respectivamente.
Em relação aos Postos de Abastecimento (PA), disse ter sido registado, no final do 1º trimestre deste ano, a existência de 900 PA em estado operacional.
Quanto às oportunidades de investimento, Luís Fernandes elencou a construção e exploração de instalações de armazenagem e oleodutos, de gasodutos, de redes e ramais, a instalação de gás canalizado e a construção de fábricas de lubrificantes.
Consta igualmente a construção e exploração de instalações contentorizadas de enchimento de garrafas de gás, bem como o fomento a construção de postos de abastecimento, de forma a garantir capacidade de distribuição de combustível em todos os municípios até 2027.
Por outro lado, o director do IRDP realçou o investimento do Executivo angolano em projectos para reduzir a importação de combustíveis, com despesas anuais de cerca de 2 mil milhões de dólares (1 dólares equivale 847 Kwanzas).
Referiu-se ao “lançamento” de construção de três refinarias, nomeadamente, a de Cabinda (2024), do Soyo (2028) e a do Lobito (2026), projectadas para processar, respectivamente, 60 mil, 100 mil e 200 mil barris/dia.
“Em função das necessidades, o país gasta anualmente qualquer cosia como 2 mil milhões de dólares para importação de combustíveis, com realce para o gasóleo e a gasolina. Acreditamos que com esse volume fica garantida a auto-suficiência de produtos derivados produzidos localmente e daí reduzir a importação dos produtos”, disse. HM/VC