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Campanha agrícola envolve mais de 80 mil famílias em Luanda

     Economia              
  • Luanda • Quinta, 10 Outubro de 2024 | 16h20
Campo Agrícola (Foto ilustração)
Campo Agrícola (Foto ilustração)
Manuel Zamba

Luanda - Oitenta e seis mil 626 famílias camponesas estarão envolvidas na campanha agrícola 2024/2025 na província de Luanda, para o cultivo de uma área preparada de mais de quarenta mil hectares, apurou a ANGOP esta quinta-feira.

A província vai apostar, entre outras culturas, na produção do arroz e da soja, prevendo-se colher 330 mil 845 toneladas de produto diverso, mais 30 por cento em relação a campanha anterior, de acordo com o responsável do departamento local da Agricultura, Pecuária e Flora, Pascoal de Castro.

Argumentou que a aposta no arroz e soja se deve ao facto de terem sido já realizadas experiências e obtidos bons resultados.

Deu a conhecer a existência de 300 toneladas de insumos agrícolas, como fertilizantes e sementes diversas, salientando a necessidade de aumentar-se para 400 toneladas, e falou da carência de utensílios de campo, nomeadamente, enxadas e catanas, que podiam potenciar os produtores.

Apesar disto, disse, os camponeses têm recebido ajuda do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA), na aquisição de equipamentos, e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em formação e outros meios.

O lançamento oficial da campanha agrícola 2024/2025 está previsto para sexta-feira (11) na província do Bengo.

A nível de Luanda, o acto será celebrado com a realização de uma feira agrícola, no distrito urbano de Catete, município de Icolo e Bengo, inserida igualmente nas comemorações dos dias Internacional da Mulher Rural e Mundial da Alimentação, a assinalar-se, respectivamente, a 15 e 16 de Outubro.

Pascoal de Castro informou que o FADA prevê apoiar nesta época 21 cooperativas mais produtoras, disponibilizando equipamentos, entre os quais tractores.

“Temos duas cooperativas de mulheres que já receberam um tractor cada e está prevista, para os próximos dias, a entrega de tractores e carrinhas a outras três cooperativas no Icolo e Bengo”, frisou.

O responsável salientou que a campanha garante a disponibilidade de produtos frescos e saudáveis, apoia a produção familiar, através do aumento e melhoria do acesso aos factores de produção, bem como o crescimento da economia das famílias.

Afirmou que os objectivos passam por aumentar e dinamizar a produção agro-pecuária, fomentar o agro-negócio e criar postos de trabalho.

Por outro lado, apontou como principais dificuldades o escoamento da produção e as vias de acesso, sobretudo na zona da Mulemba, município da Quiçama, em que os agricultores enfrentam maiores problemas na época chuvosa.

 

Escolas de campo 

Cerca de 70 agricultores beneficiaram de formação nas escolas de campo do Calumbo e de Cacuaco, de Janeiro à data presente, numa altura em que se está a implementar um programa de criação de hortas em escolas primárias da província.

Cada município tem uma escola abrangida neste processo que ensina os passos de cultivo de hortícolas a alunos principiantes.

Segundo o responsável, o programa visa incutir nas crianças o gosto pela natureza, melhorar a sua dieta alimentar e consciencializar-lhes sobre a importância da agricultura.

O projecto conta com a parceria do FADA e da FAO e será estendido a mais escolas. Actualmente decorrerem estudos em algumas instituições, de modo a averiguar-se a situação do acesso à água.

Entre as áreas de cultivo da província, realce para os municípios de Icolo e Bengo, Quiçama, Cacuaco e Viana, sem descurar outros como Talatona e Kilamba Kiaxi. ASS/VC

 





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