Talatona - Um grupo de investidores nigerianos perspectiva aplicar, a curto prazo, cerca de 500 milhões de dólares em projectos económicos e em negócios, no território angolano, anunciou hoje, a presidente da Câmara de Comércio e Indústria Angola e Nigéria (CCIAN), Tangyalamba Veloso.
Sem precisar o actual volume de negócios da comunidade nigeriana em Angola, disse apenas que o país conta com cerca de três mil nigerianos que investem, maioritariamente, na comercialização de peças de viaturas, cantinas e vendas a retalho de produtos diversos.
Em declarações à imprensa, explicou que esses USD 500 milhões são iniciais, podendo evoluir, dada as boas relações entre Angola e Nigéria e uma boa parceria entre a Embaixada e a Câmara de Comércio nos dois países, que pretendem privilegiar a agricultura, petróleo e gás, dentre outros sectores de interesses comuns.
Em relação à actividade, a ser realizada na Nigéria, de 26 a 28 deste mês de Agosto, explicou que 14 empresários angolanos dos sectores dos petróleo e gás e de outras áreas produtivas vão participar, assim como vão aproveitar a oportunidade para a atracção de investidores nigerianos no país.
Por outro lado, a presidente da Câmara de Comércio e Indústria Angola-Nigéria salientou que o foco da instituição é apostar na melhoria das relações económicas entre Angola e Nigéria, assim como ajudar as empresas a investirem no país.
Complexo automóvel na forja
Dentre os vários projectos, no quadro do reforço e relançamento das relações bilaterais a CCIAN propõe-se em construir, a partir do final deste ano, um "Complexo Shoping", ligado à actividade de comércio de peças e oficina de automóvel.
O anúncio foi feito pelo vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Angola-Nigéria, Obinna Anthony Ogbuka, durante uma conferência de imprensa de apresentação e esclarecimentos sobre o Fórum de Negócios e Missão Empresarial Angola-Nigéria (BMAN 2024), em Lagos.
"O projecto vai previgiliar a componenete qualidade, daí a congregação de sectores ligados a esse procedimento, porquanto, as obras para a implementação do projecto podem iniciar em Dezembro deste ano", disse o empresário, referindo que os constrangimentos dos investidores nigerianos têm a ver com a legalidade.
Por fim, resumiu que a ideia é organizar o comércio informal envolvendo nigerianos, congregado-os todos em um único espaço, à semelhança da Cidade da China, por forma a retirar os seus concidadãos dos mercados dos Correios, do Hoji-yá-henda, entre outros paralelos espalhados por Luanda.
VS/MDS