Luanda - Trinta mil barris de petróleo refinado, dos 60 mil previstos, serão produzidos diariamente, a partir de meados deste ano, na refinaria de Cabinda, após conclusão da primeira fase da sua construção
A construção da refinaria é resultado de um projecto privado, sem custos para o Estado angolano e está a cargo da empresa britânica Gemcorp, informou hoje o Presidente Angolano durante a entrevista colectiva desta quinta-feira a órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiros.
Segundo o Presidente da República, esta produção irá atender as necessidades da província de Cabinda e os seus excedentes poderão ser exportados para a República Democrática do Congo (RDC).
João Lourenço disse que neste projecto (Construção da Refinaria de Cabinda), o Estado angolano não tem custo nenhum e que, nem nos próximos anos, virá a ter qualquer encargo financeiro com a promotora do projecto (Gemcorp).
Perfil do projecto
A refinaria de Cabinda é um projecto de investimento privado, a cargo da empresa britânica Gemcorp, avaliado em 920 milhões de dólares. A construção do empreendimento iniciou em 2019 com a desmatação, desminagem e terraplenagem dos solos que foram concluídos em 2020.
O programa de construção da Refinaria de Cabinda prevê três fases, e após a sua conclusão, prevista também para este ano (2022), deverá criar pelo menos dois mil postos de trabalho
A primeira fase, prevê a instalação da unidade de destilação de crude, com um dessalinizador, sistema de tratamento de querosene e infra-estruturas auxiliares, incluindo um sistema de ancoramento de bóia convencional, oleodutos e instalação de armazenamento para mais de 1,2 milhões de barris.
As segunda e terceira fases tornarão a refinaria de Cabinda numa infra-estrutura de convenção total com uma capacidade de processamento de 60 mil barris/dia e a instalação de um novo reformador catalítico, hidratador e unidade de craqueamento catalítico, totalizando despesas na ordem dos 700 milhões de dólares.