Cabinda – A governadora da província de Cabinda, Mara Quiosa, visitou, esse sábado, o terminal de Tier, na praia dos pescadores, para constactar as condições técnicas, de segurança e de atracagem das embarcações.
O porto de Tier, localizado na orla costeira marítima da cidade de Cabinda, é um dos principais terminais de embarque e desembarque de diversas mercadorias provenientes de Luanda e outras províncias do país e dos Congos.
No local, a governadora constatou que o manuseamento das mercadorias, cargas e descargas, é manualmente, situação imprópria e de grandes riscos.
Face as condições constatadas, o Governo, a associação dos armadores, o Instituto Marítimo, Portuário de Angola (IMPA), a Capitania e Porto de Cabinda, prevêem reunir, brevemente, para encontrar uma solução rápida na construção de um Cais no referido porto.
O terminal é um local improvisado a longos anos, com falta de cais de atracagem, medidas de segurança portuária (equipamentos) na movimentação das cargas e descargas nas embarcações de fabrico caseiro (madeira).
Com vários riscos possíveis, as referidas embarcações transportam mercadorias entre o município do Soyo (Zaire) para Cabinda e vice-versa, como bens alimentares, perecíveis, material de construção civil e outros.
De acordo com as informações que ANGOP teve acesso no local, diariamente, mais de 15 a 20 embarcações com cargas diversas equivalentes a três contentores de 20 à 40 pés se fazem a essa travessia, sendo um das principais portas de entrada e saída de bens.
Emílio Mateta é amador com mais de 100 embarcações e admitiu os riscos existentes, mas salienta que o porto de Tier é ajudar a província de Cabinda na recepção de grandes quantidades de mercadorias provenientes de outros pontos do país.
O porto assegura 500 a mil postos de trabalho directo e indirecto.
“ Cumprimos com as nossas obrigações aduaneiras e portuárias sobre os dois regimes, geral e especial de Cabinda e com o IMPA e Capitania dos Portos de Cabinda e Soyo. Temos dificuldades apenas no combustível tendo em conta que cada embarcação suporta mais de 500 litros do produto o que é difícil ser transportado em recipientes durante a viagem”, lamentou o armador.
Salientou ainda que, as mercadorias que são transportadas de Luanda para Cabinda, algumas destinam-se para os Congos por ser a via que mais movimenta cargas provenientes de Luanda, facilitando os agentes económicos e comerciantes congoleses que adquirem suas mercadorias em outras paragens do país.
No final da visita chefiada pela governadora, o vice-governador de Cabinda para o sector técnico, Agostinho da Silva, reconheceu a importância do local no contexto de desenvolvimento económico da província e disse que, são várias as embarcações que fazem o tráfego de mercadorias diversas entre, o município Soyo (Zaire) a partir do porto de Quimbunba para Cabinda e vice-versa.
O governante reconheceu que as condições de atracagem é que são preocupantes, visto que não há medidas de segurança.