Luanda – O embaixador do Brasil em Angola, Rafael Vidal, disse hoje, quinta-feira, em Luanda, que o seu país vai ajudar Angola a implementar o programa “ Revolução verde de Angola”, através de política de combate à fome e busca pela segurança alimentar.
Segundo o diplomata, que falava na cerimónia comemorativa dos 201 anos da independência do Brasil, que se assinala hoje, o Brasil pretende partilhar com todos os países africanos a política de combate à fome e busca pela segurança alimentar, implementada com êxito pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Referiu que a implementação do programa “Revolução verde de Angola” implica sobretudo a produção agrícola de diversos produtos.
Acrescentou que a pedido do Presidente angolano, João Lourenço, será retomada a linha de financiamento de um dos maiores bancos públicos do mundo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social, através de programas de cooperação de investimento brasileiro.
O embaixador brasileiro disse ainda que o "programa mãe" dessa cooperação é o Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Irrigada, que inclui a Agricultura Familiar do Vale do Cunene.
“Já temos um comité gestor que está a trabalhar (composto por instituições dos dois países) e que deve começar a transformar a região do Vale do Cunene numa área verde com produção em grande escala, incluindo a agricultura familiar e o associativismo”, frisou, acrescentando que constitui-se numa das metas prioritárias do seu país em Angola.
Afirmou que a prioridade atribuída na relação do Brasil com África começa por Angola, tendo em conta a história comum, os 500 anos de integração entre os dois países, pela parceria estratégica que desenvolvem e pelo facto de o Brasil ser o primeiro país a reconhecer a independência de Angola.
A semana do Brasil em Angola, enquadrada nas festividades de mais um ano de independência deste país da América do Sul, incluiu a realização de um simpósio empresarial com o tema “Relações bilaterais Brasil-Angola”, exibição de cinema brasileiro, degustação de pratos típicos brasileiros, dentre outras actividades culturais.
A independência do Brasil foi o processo histórico de separação entre o então Reino do Brasil e Portugal, que ocorreu no período de 1821 a 1825, colocando em violenta oposição as duas partes (pessoas a favor e contra).
As Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, instaladas em 1820, como consequência da Revolução Liberal do Porto, tomam decisões, a partir de 1821, que tinham como objectivo reduzir a autonomia adquirida pelo Brasil, o que, na prática, o faria retornar ao seu antigo estatuto colonial.
Ao chegar em São Paulo na noite de 7 de Setembro de 1822, Pedro e seus companheiros espalharam a notícia da independência do Brasil do domínio português.
Estiveram presentes no evento, além de representantes do corpo diplomático acreditado no país, membros do poder legislativo, do executivo, judiciário, entre outros convidados. CS
