Luanda - A nova administração do Banco de Poupança e Crédito (BPC), empossada hoje, vai priorizar a conclusão do programa de modernização do sistema informático, no âmbito do Programa de Recapitalização e Reestruturação (PRR), afirmou o seu presidente do Conselho de Administração, Cláudio Pinheiro Macedo.
Segundo o gestor, o programa de modernização do sistema informático poderá ser concluído dentro de 12 meses, mas o PRR, cuja implementação se iniciou em 2019, já está implementado na ordem dos 75%.
Para além da modernização do sistema informático, faz parte dos grandes desafios da nova gestão, conforme Cláudio Pinheiro, tornar o principal negócio do BPC (crédito) mais robusto e seguro e optimizar a gestão dos recursos humanos.
De acordo com a fonte, que falava à margem do acto de tomada de posse, a presente administração encontra, neste momento, um sistema informático com maior estabilidade do que o anterior.
Realçou existir também, actualmente, uma melhoria nos serviços prestados, reconhecendo haver, neste domínio, muito por se fazer ainda a nível da instituição.
Quanto aos controlos dos rácios do banco, disse estarem em níveis razoáveis e aceitáveis e que esperarem ter um banco rentável e eficiente, que pode rumar para a transformação digital.
O gestor avançou que têm como último pilar do PRR a transformação que visa, essencialmente, dar à instituição canais remotos na prestação de serviços de acesso ao banco, que poderá, de alguma forma, responder aos desafios da exigência, não só dos clientes, mas também da concorrência.
Disse que pretendem, igualmente, reposicionar a empresa no contexto do sector bancário nacional, com mais um banco seguro, eficiente e actuante do ponto de vista do suporte e do financiamento à economia.
Para além dos objectivos, a fonte realçou que têm um segmento de clientes particular, principalmente funcionários públicos, e um público muito específico que exige muitos cuidados - os clientes pensionistas, que carecem de serviços adaptados e ajustados ao seu perfil.
Para estes segmentos, explicou, a gestão cessante desenhou um programa denominado “Meu balcão”, dirigido aos pensionistas.
“Por enquanto, estamos a expandir este serviço em várias zonas do país e, a par disso, a entrar com outras vertentes ou modalidades de presença do banco noutras zonas”, fez saber.
Nesse âmbito, o banco já começou a responder a este desafio com a banca móvel em diversos municípios da região Norte e Leste, com balcões intermitentes, sem necessidade de acarretar para o banco custos operacionais de gestão dessas unidades.
O novo Conselho de Administração do BPC é constituído por um presidente do conselho, presidente da comissão-executiva e sete administradores, dos quais três não-executivos.
O BPC está, desde 2019, a implementar o PRR, a fim de melhorar o posicionamento no mercado, muito afectado pelo crédito malparado e pelos ataques ao seu sistema informático.
Trata-se de um banco de capitais públicos, cujos accionistas são o Ministério das Finanças, com 53,3%, o Instituto de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (ISSFAA - 3,7%), o Instituto Nacional da Segurança a Social (INSS - 5,6%) e o Instituto de Gestão de Activos e Participação do Estado (IGAPE - 37,3%).