Luanda – A Bolsa de Diamantes de Angola, que visa proceder a venda directa deste mineral e influenciar a sua comercialização no mercado mundial, vai entrar em funcionamento no final deste ano, anunciou, esta sexta-feira, em Luanda, o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Correia Victor.
Em declarações à imprensa, durante o lançamento da II Conferência Internacional de Diamantes de Angola (AIDC), a decorrer nos dias 23 e 24 de Outubro próximo, em Saurimo, província da Lunda-Sul, assegurou que os preparativos para o lançamento dessa bolsa estão na fase final.
“Estamos a preparar para que a bolsa entre em funcionamento ainda este ano, para passarmos a comercializar os nossos diamantes no país”, reforçou.
Sublinhou que Angola, como um dos maiores produtores de diamante no mundo, quer participar directamente nas decisões sobre a comercialização dos seus recursos de forma aberta e transparente.
Por outro lado, Jânio Correia Victor apontou o projecto mineiro de Luele, inaugurado em 2023, na Lunda-Sul, como uma das maiores minas de kimberlito do mundo, apresentando indicadores que deverão atingir um volume superior a 10 milhões de quilates por ano, nos próximos tempos.
Sobre a II Conferência Internacional de Diamantes de Angola (AIDC), o secretário de Estado disse que a intenção, para além de atrair os grandes investidores no país, é também tornar Angola numa grande referência em África e para o mercado internacional neste sector.
Adiantou que o evento vai contar com a participação de empresários e delegações de vários países de África, Europa, Ásia e da América.
Sob o lema “Angola: Investir juntos para fazer a diferença na comunidade”, a II Conferência Internacional de Diamantes de Angola vai decorrer no Pólo de Desenvolvimento Diamantífero, em Saurimo, numa promoção do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET) e da ENDIAMA.
Segundo o programa, a cerimónia de abertura será presidida pelo titular da pasta do MIREMPET, Diamantino Azevedo, seguido dos pronunciamentos dos ministros do Zimbabwe, Namíbia, República Democrática do Congo (RDC), Botswana, África do Sul e Moçambique.
Durante os dois dias da actividade serão abordados temas como “O papel dos diamantes no mercado global”, “As vantagens de adesão aos códigos internacionais de avaliação de recursos e reservas”, “G7 sistema de certificação” “A semi-industrialização” “Infra-estruturas” e “Logística e inovação tecnológica”.
Constam também da agenda da conferência temas como “Inovações na indústria de corte e lapidação de diamantes”, “Responsabilidade social”, “Processo Kimberley” e “Financiamento e seguros a projectos de diamantes”. OPF/QCB