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Arranque da Bolsa de Diamantes revista em Conselho

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 10 Maio de 2023 | 07h44
Diamantes (Foto ilustração)
Diamantes (Foto ilustração)
Divulgação

Luanda - A situação sobre a implementação da Bolsa de Diamantes, cuja abertura experimental estava prevista para o segundo semestre de 2022, será revista no VIII Conselho Consultivo do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás,a decorrer de 11 a 12 deste mês, na província do Uíge.

Coordenada  pela SODIAM em parceria com a ENDIAMA, nesta empreitada sabe-se que Angola segue o modelo e consultoria da Antuérpia (Bélgica) e Dubai (Emirados Árabes Unidos).

De igual modo, já foi anunciado a contratação de um consultor  com bastante experiência, que foi presidente da Bolsa de Diamantes da Antuérpia, além de ter ajudado o Governo do Dubai a criar a sua Bolsa de Diamantes.

No quadro deste processo, em Janeiro do ano passado, a Empresa Nacional de Comercialização de Diamantes de Angola (SODIAM) finalizou o processo de avaliação das manifestações de interesse, de empresas nacionais e internacionais, lançado em Maio de 2021, serviços especializados de acidificação (limpeza) de diamantes e leilões, considerados passos   importantes para a Bolsa.

O processo de avaliação determinou como empresas vencedoras, a Fırst Element, empresa belga, para a Unidade de Acidificação de Diamantes e a Trans Atlantıc Gems Sales , empresa dos Emirados Árabes Unidos, para a realização de leilões de diamantes em Angola.

O projecto está em pé, mas há uma série de condicionantes que fazem com que o projecto não arranque na devida altura, de acordo com o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Victor.

"Temos instalações, mas temos de adquirir o material que é necessário, temos de ter a própria expertise técnica,temos de buscar experiência", apontou, sustentando ser todo o interesse do sector,  e  do Executivo em ver o arranque do projecto da Bolsa de Diamantes o mais rápido possível.

Jânio Victor falava à imprensa no quadro dos preparativos do VIII Conselho Consultivo Alargado do Ministério dos Recursos  Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPT), que prevê congregar mais de 300 participantes,entre membros do conselho de consultivo, técnicos e convidados. 

Segundo o responsável, o projecto da Bolsa prevê congregar também, em outras fases desta empreitada, a produção de diamantes dos países vizinhos, como do Congo, Botswana e outros, em África. 

Actualmente, em Angola faz-se leilão de diamantes, mas sem Bolsa de Diamantes, um projecto que precisa arrancar para este efeito.

Sem precisar datas para o seu arranque, o secretário de Estado dos Recursos Minerais disse apenas que a Bolsa de Diamantes vai funcionar na Endiama, numa fase embrionária, para depois passar em instalações próprias.

Em intervenções de responsável do sector, apontava-se o Pólo de Desenvolvimento Diamantífero da Lunda Sul, como as instalações definitivas da Bolsa.

"Estamos a equipar para que tenhamos a Bolsa a funcionar numa primeira fase,temporariamente, para depois, definitivamente termos as instalações que serão num outro local",  avançou.

Estratégia da criação 

A criação da Bolsa de Diamantes de Angola é justificada pelo facto de Angola ser um país com maior probabilidades de existir produção de diamantes para os próximos 50 anos ou mais.

 Nesta senda, o secretário de Estado dos Recursos Minerais aponta, o minas existentes e a capacidade de ocorrências de diamantes no país.

A título de exemplo, destacou a mina do Luaxe, que vai ser inaugurada este ano, cujo tempo de vida útil pode estender-se até o ano 2090.

"Se encontramos mais algumas rochas primarias que tenham tantos diamantes com as qualidades do Luaxe, poderemos contar com a exploração de diamantes ainda no proximo século", augura do especialista.

Para o responsável, foi uma visão estratégica ao concentrarem-se na Bolsa de Diamantes, sendo Angola produtora, existe toda a necessidade de controlar tambem nos preços das pedras que são práticos no mercado.

Outro aspecto, tem a haver com a transformação, a lapidação, para que o país entre no segmento de jóias, um mercado que já se faz sentir, mas de forma ainda muito tímida.NE

 

 

 

 

 

 

 





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