Bodiva apresenta segmento para capitalizar PME

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  • Luanda • Quinta, 20 Outubro de 2022 | 16h19
BODIVA e FACRA pretendem apoiar pequenas e médias empresas
BODIVA e FACRA pretendem apoiar pequenas e médias empresas
Foto cedida

Luanda - A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva) pretende capitalizar as pequenas e médias empresas com um novo segmento de mercado denominado “Segmento PME”, para financiamento, revelou esta quinta-feira, em Luanda, o administrador da bolsa, Adair Costa.

Ao discursar na cerimónia de lançamento do Segmento PME, sublinhou que, com essa iniciativa, os empresários podem recorrer a Bodiva em busca de financiamento para desenvolver os seus projectos, sendo que a Bolsa servirá como uma plataforma para financiar a expansão das PME (Pequenas e Médias Empresas).

De acordo com o responsável, para lançar o segmento foi preciso um trabalho de flexibilização dos requisitos de admissão à negociação, de modo a que pudessem estar adaptados à realidade das PME angolanas.

“Esse segmento surge para contribuir na redução daquilo que tem sido o grande défice de financiamento que as PME ainda enfrentam. Através deste mercado as empresas poderão capitalizar-se, quer por via da emissão de dívida ou de instrumentos de capital (vulgo acções) ”, reforçou.

Por seu turno, o Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), João Nkosi, entende que o lançamento deste produto representa o comprometimento das instituições na busca cessante de soluções que visam tornar cada vez mais facilitado por parte das PME.

João Nkosi fez saber que o INAPEM disponibiliza um conjunto de serviços com objectivo de facilitar o acesso ao mercado interno, destacando a consultoria e assistência técnica, formalização da actividade económica, acesso ao financiamento, capacitação e fomento empresarial, certificado e feito em Angola.

Destacou que, em 2022 foram beneficiadas cerca de 2 037 empresas em consultoria e assistência, 245 mil micro, pequenas e médias empresas foram formalizadas, sendo que por via do Ministério da Economia e Planeamento (MEP) 1 705 projectos foram aprovados para ter acesso ao financiamento, tendo desembolsado 994 projectos empresariais.

Com esses financiamentos, destacou, foram capacitados 6 373 empreendedores.

Acrescentou que o INAPEM conseguiu inscrever 30 empresas no selo feito em Angola, mais de 200 produtos registados, 10 selos emitidos.

Relativamente à certificação de empresas, em termos acumulados, o INAPEM regista um total de 35 818, onde 1 962 são classificados como pequenas e 2 812 estão na classe das médias empresas.

“Estes números podem constituir a base necessária para que possamos prestar o apoio necessário a esses segmentos, no que concerne à inclusão financeira e aos serviços de auditoria, que é um dos critérios fundamentais para o acesso a este mecanismo de financiamento”, concluiu.

Já o coordenador do departamento de desenvolvimento de Mercado, Nivaldo Matias, explicou que, entre os benefícios constam o acesso a financiamento de longo prazo, sem compromisso de remuneração.

Fez saber que consta igualmente uma redução da taxa de Imposto sobre Aplicação de Capitais (IAC) na distribuição de dividendos, de 10% para 5%, bem como o custo de financiamento, tendencialmente mais baixo do que formas de financiamento tradicional e maturidades superiores a 3 anos, usufruem de redução do IAC de 10% para 5%.



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