Luanda - O Banco Nacional de Angola (BNA) revogou, nesta segunda-feira, a licença do Banco Kwanza Investimento S.A. (BKI), indica uma nota da instituição a que a ANGOP teve acesso.
Segundo o comunicado, a medida deve-se à "insuficiência de fundos próprios regulamentares, requisito necessário para a continuidade da actividade bancária, nos termos da Lei de Bases das Instituições Financeiras.
O BNA informa que a decisão foi tomada hoje durante a reunião extraordinária do seu Conselho de Administração, enquanto entidade supervisora do sistema financeiro nacional.
Refere que dará sequência da decisão, solicitando ao procurador-geral da República a declaração de falência do Banco Kwanza Investimento S.A. junto do Tribunal Provincial de Luanda, conforme o disposto no n.º 1 do artigo 135.º da Lei de Bases das Instituições Financeiras.
O Banco Central recomenda serenidade aos clientes do BKI, elucidando que até 31 Janeiro de 2021 estarão disponíveis os canais habituais utilizados para levantamentos, como a agência sede do referido banco, a rede Multicaixa, a internet e mobile banking.
O BKI tinha como principais accionistas o empresário suíço-angolano Jean Claude Bastos Morais e Filomeno dos Santos (Zenu), filho do ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Em Julho de 2020, o BNA orientou o Banco Kwanza Investimento, S.A. a abster-se de receber novos depósitos, salvo reembolsos de créditos ou dívidas de terceiros para com a instituição.
O Banco em causa chegou a registar perdas líquidas na ordem de 515,211 milhões de Kwanzas no exercício económico 2019.
O balanço apresentou um total de activo liquido na ordem de AKz 10.432.190 e de fundos próprios no valor de milhares - AKz 7.119.129 - que inclui os resultados líquidos transitados e do exercício.