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BNA mexe na taxa de juro e fixa em 18%

     Economia              
  • Luanda • Sexta, 20 Janeiro de 2023 | 19h03
Banco Nacional de Angola é a entidade reguladora das políticas monetárias do país (Foto ilustração)
Banco Nacional de Angola é a entidade reguladora das políticas monetárias do país (Foto ilustração)
Francisco Miúdo

Luanda - O Comité de Política Monetária do Banco Nacional de Angola (BNA) decidiu esta sexta-feira em reduzir a taxa básica de juro 19,5% para 18% , depois de analisada os indicadores macroeconómicos dos últimos tempos.

Além da redução da taxa básica de juro, o BNA também mexeu na taxa de juro da facilidade permanente de decência de liquidez de 21% para 18% e a taxa de juro de facilidade permanente de absorção de liquidez de 15% para 14%.

Esta decisão, de acordo com o governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, fundamenta-se na redução da inflação observada ao longo do ano de 2022 e uma certa redução das pressões inflacionistas.

Para o processo de decisão tomada, o CPM analisou também contexto económico monetário nacional e internacional.

Alívio no crédito

A decisão tomada de redução de todas as taxas directoras do BNA vai permitir, num primeiro momento, que os cidadãos e empresas que tenham créditos na banca em moeda nacional, referenciados ao Luibor, taxa do mercado interbancário, possam assistir um alívio.

Essas taxas, além das transações que ocorrem no dia-a-dia, são influenciadas por acção do BNA, com base nas suas referências, como é taxa de juro de facilidade permanente de decência de liquidez, na qual os bancos comerciais recorrem ao Banco Central, quando têm uma necessidade de liquidez.

"Se esta taxa é mais baixa, significa que os bancos terão a condição de, para suas necessidades de liquidiz, recorerem à custos mais baixos e poderão ser repassados aos seus clientes", esclaredeu José de Lima Massano.

De acordo com, José de Lima Massano,a redução é o que se vai assistir num primeiro momento, admitindo que " não temos expectativas de um forte crescimento do crédito num curto prazo.

Por este motivo, apontou, o crédito há-de continuar a crescer naturalmente a um ritmo que , nesta altura, para efeito de objectivo de redução da inflação, não se encontra assim tão deslocado.

Neste momento, uma das maiores preocupações do Banco Central é a eficácia dos instrumentos de transmissão de Política Monetária, segundo o responsável.

Ao se ter condições mais favoráveis, o BNA garante que as famílias e empresas com crédito em moeda nacional verão as taxas mais reduzidas.

Com taxas de juros mais baixas prevê-se assistir, de igual modo, mais projectos a entrarem para um quadro de viabilidade, visto que os custos financeiros terão a tendência de ser mais baixos.

Com o incremento do crédito a acontecer, o BNA augura um impacto positivo do ritmo da economia e outros pressupostos existentes, afastando perigos que possam afectar o curso de desinflação que a economia vem registando.

A redução das taxas de juro vai afectar aos eventuais novos pedidos de crédito que forem feitos, cujos efeitos poderão ser sentidos nos próximos 90 dias.

 

 





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