BNA mantém taxas de juros de referência 

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  • Luanda • Sexta, 20 Setembro de 2024 | 09h00
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Banco Nacional de Angola
Banco Nacional de Angola
Pedro Parente
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Governador do BNA, Manuel António Tiago Dias (Arquivo)
Governador do BNA, Manuel António Tiago Dias (Arquivo)
Pedro Parente-ANGOP

Luanda - O Banco Nacional de Angola (BNA) mantém a taxa básica de juros em 19,5%, assim como as taxas de cedência e de absorção de liquidez em 20% e 18,5%, com o objectivo de conservar as condições monetárias adequadas à desaceleração do ritmo de crescimento dos preços na economia nacional.

A decisão consta do relatório final da 119ª reunião do Comité de Política Monetária (CPM), realizada nos dias 18 e 19 deste mês, em Luanda, no qual refere-se que a manutenção das taxas visa igualmente reduzir as pressões inflacionistas a curto prazo.

Conforme os dados do CPM, apresentados pelo governador do BNA, Manuel Dias, a inflação homóloga fixou-se em 30,53% face aos 31,09% do mês anterior, iniciando uma trajectória descendente, que deverá prosseguir nos próximos meses, tendo em conta as condições actuais de liquidez e de oferta de bens essenciais de consumo.

Quanto ao domínio monetário, o relatório indica que a Base Monetária em moeda nacional expandiu 3,6% no mês de Agosto, levando a expansão acumulada desde o início do ano para 9,95%.

Contrariamente, o agregado monetário M2 em moeda nacional contraiu 0,08% no mês de Agosto e a variação acumulada fixou-se em 4,52%, em linha com a dinâmica da actividade do sector não petrolífero.

O stock de crédito à economia em moeda nacional atingiu 5,12 bilhões de kwanzas no mês de Agosto, representando um aumento de 549,22 mil milhões de kwanzas, comparativamente ao stock observado em Dezembro de 2023.

O documento informa que os créditos concedidos ao abrigo do Aviso 10 representaram 88% do stock de crédito total concedido pelos bancos ao sector real da economia.

Segundo o relatório, que cita o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego reduziu de 32,40% para 32,30% no segundo trimestre do corrente ano.

Conforme a análise do CPM, a evolução do crédito à economia e as estatísticas de emprego sinalizam uma trajectória positiva da actividade económica induzida fundamentalmente pelo sector não petrolífero.

Em relação ao sector externo, o saldo da conta de bens atingiu, em Agosto, 1,89 mil milhões de dólares, perfazendo um total de USD 15,63 mil milhões, nos primeiros oito meses de 2024, o que corresponde a um aumento de 18,02% (2,39 mil milhões de dólares norte-americano), se comparado ao período homólogo de 2023.

Os dados indicam um saldo superavitário da conta de bens tem sido estruturalmente atenuado pelos défices das contas de serviços, rendimentos e financeira.

A melhoria do superavit da conta de bens deveu-se ao efeito combinado da redução das importações (1,25 mil milhões de dólares) e aumento das exportações (1,14 mil milhões de dólares).

Já o stock das Reservas Internacionais fixou-se em 14,73 mil milhões de dólares, o que corresponde a um grau de cobertura de 7,98 meses de importação de bens e serviços.

A próxima reunião do CPM realizar-se-á, a 18 e 19 de Novembro, na província do Cuanza-Norte. OPF/VC



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