Luanda - O Banco Nacional de Angola (BNA) tem em curso, em fase conclusiva, o processo de avaliação de riscos do sector à luz do combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
A preparação do documento orientador para intervenção do regulador e de outros intervenientes do sistema bancário no processo de combate ao branqueamento foi dada a conhecer, esta quarta-feira, em Luanda, pelo vice-governador do BNA, Pedro Castro e Silva.
O responsável bancário falava na abertura do fórum sobre prevenção ao branqueamento de capitais subordinado ao tema “Diálogo com as instituições financeiras - implementação de medidas restritivas e identificação de beneficiário efectivo”.
De acordo com Pedro Silva, o processo inclui, além de melhorias, a divulgação de novos instrumentos de trabalho, questões de comunicação e partilha de informação entre os actores.
Disse tratar-se de um documento importante por estar na primeira linha de combate.
“Quando tivermos o documento concluído, vamos fazer questão de partilhar com o sistema para apresentar e ver o que nos espera para os próximos anos”, sublinhou, defendendo preparação contínua no sector bancário para fazer face ao desafio.
Por outro lado, o vice-governador falou de aspectos ligados à tarefa do Comité de Supervisão, que reúne os sistemas financeiro e não financeiro, cujo balanço considera positivo, embora haja, ainda, um trabalho minucioso por realizar em relação ao financiamento ao terrorismo.
Referiu que, em relação à revisão da Lei Contra o Branqueamento de Capitais, o diálogo entre o Governo e a Assembleia Nacional (AN) continua, pelo que augura que até ao fim do primeiro semestre deste ano haja uma nova norma.
Com o objectivo de orientar e sensibilizar o mercado financeiro angolano para implementação eficaz das obrigações, o fórum decorreu no âmbito da prevenção e combate ao branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição em massa.
O evento contou com a participação de representantes dos ministérios da Justiça e Direitos Humanos, da Juventude e Desportos, da Comissão do Mercado de Capitais (CMC), da Agência de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), da Unidade de Informação Financeira e técnicos do Banco Nacional de Angola (BNA). HM/VC