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BNA advoga investimentos robustos para transformação digital

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 27 Novembro de 2024 | 22h07
Transformação Digital em Angola
Transformação Digital em Angola
Cedida

Luanda – A administradora do Banco Nacional de Angola, Marília Poças, advogou, esta quarta-feira, em Luanda, a necessidade de os países em via de desenvolvimento, como Angola, a fazerem investimentos robustos e desenvolver políticas públicas mais eficientes, para a expandir as infra-estruturas digitais.

Ao intervir na 7ª Conferência sob o lema “Estratégia nacional para a inclusão digital e financeira”, promovida pela Revista Economia & Mercado, a responsável realçou que esse tipo de investimento também permite garantir uma conectividade que atende as exigências do progresso sustentável e da transformação digital no país.

Afirmou, igualmente, que as economias emergentes, como Angola, enfrentam desafios singulares para o usufruto em pleno dos benefícios da transformação digital e revolução tecnológica.

Segundo a administradora, o acesso às tecnologias, à conectividade e a exclusão financeira estão entre os principais obstáculos da inclusão ampla e equitativa.

Por outro lado, Marília Poças reconheceu as iniciativas relevantes que tem sido desenvolvido pelo Governo angolano, no sentido de se alcançar a transformação digital, com a expansão de infra-estruturas  e integração do país no grupo dos Estados que vai beneficiar do Programa de Digitalização Inclusiva da África Oriental e Austral.

Esse grup, adiantou, visa ultrapassar as barreiras, como as infra-estruturas, a acessibilidade, competências digitais, riscos de ciber segurança e protecção de dados.

Apontou ainda a inclusão financeira como factor central para se reduzir as desigualdades, promover o crescimento económico e a criação de oportunidades para todos.

Recordou que a cobertura de banda larga em Angola ainda está aquém da realidade dos países da África Austral, sendo que a rede 4G e 5G ainda é significativamente baixa, apenas na rede 3G o país se destaca, situando-se entre os melhores da SADC.

Por seu turno, o director da empresa ITA Paratus, Francisco Leite, que fez parte de uma mesa redonda que juntou vários especialistas do sector, referiu que Angola precisa continuar a apostar forte nas infra-estruturas digitais, criar mais Data Center, promover o acesso à energia eléctrica nas zonas rurais e no capital humano.

Já o presidente do Conselho de Administração da Sistec, Carlos de Melo, considerou que o país tem feito progressos significativos, mas que poderia ser melhor se as empresas fossem mais apoiadas financeiramente.

Na mesma ocasião, o director-geral da Angola Cable, Angelo Gama, afirmou que Angola conta com uma forte rede de cabos submarinos que liga vários continentes e atende diferentes países africanos de forma ininterrupta.

Nesse particular, o gestor assegurou que a sua empresa é responsável por cerca de 98% da comunicação em Angola.

A 7ª Conferência da Revista Economia & Mercado visou debater a evolução da inclusão digital e financeira em Angola, tendo como base os planos e as metas do Executivo neste segmento .

O evento juntou operadores do sector das telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação, assim como das Finanças, que apontaram possíveis soluções para a massificação dos serviços de comunicação e reflectiram sobre o futuro de pagamentos móveis no país, factor considerado como um dos principais impulsionadores da inclusão financeira em Angola. OPF/QCB





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