Angola precisa de USD 75 milhões para acudir a seca

     Economia           
  • Luanda     Sexta, 23 Fevereiro De 2024    12h30  
Projecto para o combate a seca no Cunene, na localidade do Cafu
Projecto para o combate a seca no Cunene, na localidade do Cafu
José Cachivas

Luanda – Angola precisa de 75 milhões de dólares norte-americanos (1 dolár vale 828 kwanzas) para acudir os mais de 8 por cento da população do sul do país, afectado pela seca e cheias, anunciou esta quarta-feira, em Luanda, a especialista do sector financeiro para questões de risco de desastres e clima do Banco Mundial (BM), Qhelile Ndlovu.

A responsável, que falava durante o acto de presentação do diagnóstico ‘Protecção financeira contra desastres em Angola’, destacou que seca afecta 8% da população concentrada na região Sul do país, enquanto as cheias ou inundações provocadas pela chuva estão abaixo desta percentagem, apesar de ocorrerem com maior frequência.

Segundo Qhelile Ndlovu, a protecção financeira contra desastres e crises consiste no planeamento prévio, visando prevenir os fenómenos naturais.

Lembrou que, actualmente, Angola depende muito da realocação dos orçamentos para lidar com os desastres naturais, facto que impacta negativamente no plano de longo prazo. 

Por seu turno, a secretária de Estado para o Orçamento e Investimento Público, Juciene de Sousa, referiu que o Governo angolano tem trabalhado para prevenir e responder aos desafios que essas crises apresentam ao país.

Apontou os programas de ‘Prevenção de Riscos e Protecção Ambiental’, ‘Alterações Climáticas e Protecção da Biodiversidade’, ‘Gestão das Substâncias Químicas e Educação Ambiental’ como as possíveis soluções para colmatar os desafios impostos pelas crises climáticas.

Na mesma senda, o comandante adjunto do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Manuel Lutango, considerou ser crucial a exploração de parcerias com sectores e organizações não governamentais, para garantir uma diversidade de recursos financeiros destinados à protecção contra desastres.

Porém, o responsável defendeu a necessidade de haver maior transparência e prestação de contas na gestão dos fundos alocados para esse fim, com vista a garantir que os recursos sejam utilizados de maneira eficiente e eficaz, maximizando seu impacto na protecção das comunidades vulneráveis.

No essencial, o acto de presentação da Protecção financeira contra desastres em Angola, que contou com um painel de reflexão composto por representantes dos ministérios das Finanças e Interior, teve como objectivo avaliar o grau os resultados e as recomendações deste programa, numa promoção do Banco Mundial, em parceria com Governo angolano. CPM/QCB





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