Malanje- Sessenta mil toneladas de açúcar branco e 11 milhões de litros de etanol foram colocadas em Junho deste ano, no mercado nacional, pela Companhia de Bioenergia de Angola (BIOCOM), para satisfazer as necessidades da população.
Denominado “Açúcar Kapanda”, o produto tem sido comercializado em todo o país, sem distinções e, actualmente, sendo comercializado no valor de 28 mil kwanzas o saco de 50 quilogramas.
A informação foi prestada, esta sexta-feira, pelo director de Finanças, Planeamento e Estratégia da BIOCOM, Noé Cardoso, tendo realçado que 40 por cento do consumo de açúcar no país é fornecido pela companhia, contribuíndo na diminuição da importação.
A fonte precisou que, actualmente, a unidade produz 60 por cento da sua capacidade e prevê atingir o pico de produção de 250 mil toneladas, 19 mil metros cúbicos de etanol e 16 megawatts de energia eléctrica, até 2027.
Apelou aos empresários locais a firmarem contratos com a empresa, tendo em conta que o açúcar Kapanda é o mais barato a nível do mercado nacional.
Noé Cardoso disse que o açúcar está também a ser utilizado como matéria-prima na indústria alimentar para a produção de sumos, gasosas, rebuçados, entre outros produtos.
O país consome, actualmente, cerca de 300 mil toneladas de açúcar/ano, das quais cerca de 40 por cento são fornecidas pela BIOCOM, a partir da sua unidade instalada no município de Cacuso, província de Malanje, onde se espera ultrapassar, este ano, as 100 mil toneladas.
Já o etanol é usado nas indústrias de bebidas, cosmética e farmacêutica, bem como na higiene e limpeza, enquanto a energia eléctrica a partir de biomassa (cana-de-açúcar) é consumida na própria instalação industrial e o excedente injectado na rede pública.
Actualmente, a Companhia conta com dois mil trabalhadores, mais de 30 mil hectares de terras cultivadas e tem uma capacidade instalada de produção de 2,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. PBC