Catumbela – Um aviário com capacidade de produzir mais de dez mil ovos por dia deverá ser construído no bairro da Mina, arredores da cidade de Benguela, pela empresa Nortango, disse hoje à ANGOP a sócio-gerente do grupo, Joana Calitangui.
Para tal, a Nortango, uma empresa angolana presente no mercado avícola desde 2014, solicitou um financiamento de 250 milhões de kwanzas ao Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), criado em 2018, pelo Governo angolano.
O novo aviário está projectado numa área de 10 hectares e terá duas naves de cria, sendo que cada uma deverá albergar dez mil galinhas poedeiras, para uma produção diária estimada em dez mil e 800 ovos destinados ao mercado local.
Joana Calitangui destacou que este é um projecto que começou de uma forma experimental em 2014, na zona da Mina, com duas mil galinhas poedeiras, que produziam 3.600 ovos/dia.
“Foram dois anos de experiência e, depois, passamos a comprar ovos no Waku Kungo, na Chicala-Cholohanga (Huambo) e em Luanda, principalmente nas empresas Kikovo, Angolaves e Ave Nova”, frisou.
Por isso, considera importante a construção de uma nova unidade, para deixar de depender das províncias do Cuanza Sul e Huambo, onde o grupo empresarial adquire, quinzenalmente, mais de 170 caixas de ovos, cada, para abastecer o mercado de Benguela.
Segundo ela, o novo projecto prevê criar mais 15 novos postos de trabalho directos, desde seguranças, estivadores e motoristas, bem como facilitar a aquisição de mais uma carrinha para o transporte do produto para o mercado.
Com efeito, estão já preparados cinco hectares para a produção de milho para obtenção de ração para as galinhas poedeiras, como adiantou a responsável.
A par disso, apontou ainda a pecuária como outra aposta, sendo que actualmente a empresa tem mais de 180 cabeças de gado bovino no sistema de engorda intensiva para abate e fornecimento de carne aos talhos na província de Benguela.
Com mais de dois milhões e 400 mil habitantes, a província de Benguela chegou a ter, nos últimos cinco anos, 17 aviários em funcionamento. Ao todo, produziam mensalmente mais de um milhão e 700 mil ovos.
Hoje, porém, apenas sete produtores avícolas mantêm as suas actividades, embora a meio gás, com os números fixados em 769 mil e 440 ovos/mês, por causa, essencialmente, do impacto negativo da crise económica.
