BDA financia 146 projectos pesqueiros com 96 mil milhões de kwanzas

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  • Luanda • Quarta, 05 Junho de 2024 | 20h31
Projecto de aquicultura na lagoa do Úlua, província do Bengo
Projecto de aquicultura na lagoa do Úlua, província do Bengo
Mário Francisco-ANGOP

Luanda – Noventa e seis mil milhões de kwanzas é o valor desembolsado pelo Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), para financiar 146 projectos do sector das pescas no país, destacou, esta quarta-feira, em Luanda, o presidente do Conselho de Administração desta instituição bancária, João Quintas.

Falando na 15ª edição do CaféCIPRA, o gestor do BDA explicou que dos 146 projectos financiados, 123 já estão operacionais, enquanto outros estão na recta final da sua implementação, com destaque para uma fábrica de redes de pesca e outros materiais.

De acordo com o gestor, o valor desembolsado corresponde a 20 por cento da carteira de crédito do banco, desde 2017, sendo que a instituição continua aberta para financiar mais projectos pesqueiros, particularmente para a aquicultura.

A par das iniciativas de financiamento do BDA, o PCA avançou que a linha de crédito Deutsche Bank, por intermédio do banco angolano, iniciou dois projectos, num montante de 81 milhões de euros (1 euro vale 928 kwanza).

A propósito desses financiamentos, o presidente do Fundo de Garantias de Crédito, Luzayadio Simba, referiu que a sua instituição assegurou 136 projectos, orçados em 79 mil milhões de kwanzas, com uma garantia do fundo de Kz 39 mil milhões.

O gestor sublinhou que a instituição que dirige dedica uma atenção especial aos projectos ligados à pesca artesanal, como por exemplo, o “Programa Malembe Malembe”, que está a ser desenvolvido na província do Zaire, numa parceria com o Banco Atlântico, e será replicado em outras localidades com os demais bancos comerciais.

Na ocasião, o secretário de Estado para a Indústria, Carlos de Carvalho Rodrigues, defendeu o desenvolvimento da pesca artesanal para impulsionar a indústria de transformação do pescado no país.

Para o efeito, o dirigente entende que os armadores e operadores artesanais precisam de se organizar em cooperativas, para facilmente recorrerem ao crédito e beneficiar dos programas do Executivo angolano.

Com o tema “Os investimentos no sector pesqueiro e o seu impacto no desenvolvimento económico e social do país”, a 15ª edição do CaféCIPRA contou com a presença da ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmen Neto, e a directora do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira, Filomena Vaz Velho.

O CaféCIPRA é um espaço de diálogo directo e sem moderação entre ministros, secretários de Estado, responsáveis de institutos e empresas estratégicas, bem como representantes da sociedade civil (jornalistas, fazedores de opinião, ordens profissionais, sindicatos, entre outros). OPF/QCB

 



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