Luanda – Dez mil milhões de kwanzas é o valor que o Banco de Comércio e Indústria (BCI) tem disponível para financiar projectos das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), bem como cooperativas e empreendedores singulares, que podem solicitar até Kz 200 milhões para cada projecto.
Para a concretização dessa iniciativa, o Fundo de Garantia de Crédito (FGC) e o BCI assinaram, esta terça-feira, em Luanda, um acordo que determina uma “Garantia Pública Automática” de até 75 por cento do valor financiado a cada empresa.
Porém, as empresas com capital social subscrito maioritariamente por mulheres podem beneficiar de uma Garantia Pública de até 80% sobre o capital financiado, sendo o valor máximo dependente do plafound disponibilizado pela instituição no memorando com FGC.
Esse financiamento enquadra-se na Linha de Apoio aos Projectos Sustentáveis (LAPS) gizada pelo FGC, uma acção que resulta do Plano de Aceleração do Fomento de Garantias, com objectivo de reforçar o combate à insuficiência alimentar, aumento da empregabilidade e da reconversão da economia informal.
A propósito da assinatura do referido acordo, o presidente do Conselho de Administração do FGC, Luzayadio Simba, afirmou que o documento enquadra-se na estratégia da instituição em alcançar mil Garantias Públicas neste ano.
Em declarações à imprensa, o gestor apontou o BCI como o oitavo banco comercial dessa parceria, que disponibilizar mais ofertas de financiamento para a economia nacional, materializando os projectos do empresariado em Angola, com impacto directo nas populações.
Disse que das mil garantias projectadas já foram alcançadas cerca de 30% da meta prevista, uma percentagem ainda aquém dos objectivos preconizados, devido à morosidade dos bancos no desembolso dos créditos aprovados.
Com isso, o FGC apela à banca comercial para maior celeridade nos carregamentos, particularmente para os empreendedores que já obtiveram a certificação desta instituição, para que os promotores materializem os respectivos projectos e dinamizem a economia nacional.
Segundo Luzayadio Simba, os sectores da indústria, agricultura e pesqueiro são os que mais solicitam a garantia pública.
Por sua vez, o presidente da Comissão Executiva do BCI, Renato Borges, garantiu que a sua instituição já tem afinado os mecanismos para avaliar e aprovar o processo submetido e o rápido desembolso ao projecto.
Informou que o banco criou o segmento para atender as Micro, Pequenas e Médias Empresas, porque a instituição entende que a economia real figura-se no principal objectivo do país. OPF/QCB