Dundo - A Governadora da Lunda-Norte, Deolinda Satula Vilarinho, afirmou esta sexta-feira, que a entrada em funcionamento da barragem do Luachimo, vai dinamizar a captação de investimentos privados para a província e o desenvolvimento sustentável.
A governante fez esta afirmação durante o acto de inauguração da barragem do Luachimo, sublinhando que a infraestrutura coloca a província numa posição privilegiada, em termos de captação de investimentos privados e abre novas perspectivas para o crescimento da indústria extractiva.
Afirmou que a aumento exponencial da capacidade de produção da barragem vai permitir um crescimento significativo da taxa de eletrificação da província, sobretudo em zonas com potencial agropecuário, turístico e diamantífero.
Apelou as empresas do sector mineiro que operam na província, sobretudo no corredor Dundo-Nzangi, para aproveitarem a disponibilidade energética da barragem, com vista à redução dos custos com os combustíveis.
Por outro lado, apelou à preservação da infraestrutura e das linhas de transporte de energia, "pois que a sua vandalização pode acarretar custos avultados ao Estado e condicionar novos projectos".
Inaugurada pelo ministro da Energia e Águas, João Borges, a capacidade de produção do maior projecto energético do Leste de Angola, que compreende as províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico, foi elevada de 8,4 megawatts (MW) para 34 MW.
As obras de reabilitação e ampliação da barragem custaram 212 milhões dólares americanos, financiados por via de uma linha de crédito da China.
A empreitada compreendeu a reabilitação dos equipamentos mecânicos, a execução de um novo circuito hidráulico dimensionado para 240 metros cúbicos de água por segundo, constituído por tomada de água, canal de adução, câmara de carga e canal de restituição.
Foi também construída uma nova subestação de 60 quilovolts e remodelada a estrada de acesso à barragem, incluindo a passagem para a central.
A nova infra-estrutura da central tem 35 metros de altura, o equivalente a um prédio de 11 andares, numa área de 50 metros de extensão e 30 outros de secção transversal.
O edifício da antiga central foi reabilitado para servir instituições de ensino técnico, perspectivando-se ser o primeiro museu do sector de energia, em Angola.
A empreitada inclui ainda a recuperação da linha de transporte de alta tensão de 85 quilómetros até à vila mineira do Nzagi, município do Cambulo, com um valor adicional avaliado em 40 milhões de dólares.
A última etapa do projecto prevê o alargamento da rede de distribuição até à sede do Lucapa, incluindo a localidade de Calonda.
A linha de transporte vai também passar pelas localidades de Fucauma e Cassanguidi, tendo em consideração a existência de actividades económicas, sobretudo no sector da extracção mineira. HD