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Barragem da Matala em funcionamento pleno no final do ano

     Economia              
  • Huíla • Quinta, 06 Julho de 2023 | 16h53
Um ângulo da barragem da Matala na província da Huíla
Um ângulo da barragem da Matala na província da Huíla
Morais Silva

Matala – O Aproveitamento Hidroeléctrico da Matala estará em funcionamento pleno a partir de Dezembro deste ano, com a conclusão da reparação das duas últimas, de três turbinas de geração de electricidade, em que a primeira está em testes há um mês, anunciou o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.

A segunda turbina começa já a ser ensaiada em Agosto e a última e Dezembro, conforme o ministro que trabalha na Huíla para avaliar projectos do sector e lançar outros ligados à água da Chibia e da Humpata.

Para o responsável que falava aos jornalistas na Matala, a entrada em funcionamento pleno desse aproveitamento, “vai reduzir consideravelmente” o consumo de gasóleo nas centrais térmicas do Lubango, que para além de cinco municípios da Huíla, abastecem também o Namibe.

A segunda turbina, segundo o responsável, entra em funcionamento em Agosto e a terceira em Dezembro, todavia, tem algumas preocupações ligadas ao atraso na conclusão da obra de restauro, pois é um empreendimento que vai contribuir, também, para a melhoria da produção de energia à Huíla e ao Namibe.

Durante a sua visita de dois dias o ministro Borges lança a obra de reabilitação do sistema de abastecimento de água da Humpata e da Chibia.

Actualmente apenas os municípios do Lubango, Quipungo, Matala, Humpata e Chibia estão ligados a rede pública, ao passo que sete lidam com grupos geradores a diesel e um (Gambos), com uma mini-hídrica.

Contudo, a produção de energia na Huíla é maioritariamente a gasóleo e consome diariamente entre 450 a 500 mil litros, acarretando elevados custos, que estão acima das receitas obtidas com o fornecimento.

A sua rede pública de energia eléctrica tem como principais fontes o Aproveitamento Hidroeléctrico da Matala com uma capacidade de 39 megawatts e outra parte vem das centrais térmicas da Arimba e da Canguinda, cada uma com 40 mw, quando a necessidade é de 150.

A primeira turbina hidráulica da barragem avariou em Dezembro de 2019 e as outras duas em 2020 tiveram de paralisar devido a necessidade de obras de engenharia civil na estrutura física e na modernização dos motores.

A barragem hidroeléctrica da Matala começou a ser construída em 1954, no curso do rio Cunene. Depois da sua inauguração passou  a chamar-se barragem Salazar, atravessada por uma ponte com 929 metros de comprimento em dois tabuleiros, sendo um para automóveis e outro para comboio. MS





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