Luanda - Os Bancos Centrais da região da SADC mantém-se resilientes, face ao actual contexto internacional, sem registo de estresse em pequenos e grandes bancos, afirmou o presidente do Comité dos Governadores dos Bancos Centrais, Lesetja Nganyango.
Lesetja Nganyango referiu que o Comité dos Bancos Centrais (CCBG) da SADC decidiu adoptar padrões internacionais para tornar o sistema bancário seguro.
Olhando para o ocorrido nos EUA e na Europa, onde se assistiu a falência de alguns bancos, o também governador do Banco Central da África do Sul, admite que as condições de segurança são diferentes de um país para outro, mas, em geral, disse que se observa resiliência no sistema financeiro da SADC.
Falando à imprensa,à margem da 56ª Reunião do Comité dos Governadores dos Bancos Centrais da SADC, Lesetja Nganyango considerou que a economia global não está num bom momento, desde o surgimento da pandemia da Covid-19, apesar do tímido crescimento.
O gestor bancário falou do aumento da taxa da inflação, uma situação excepcional para Angola,cuja previsão do Banco Nacional de Angola (BNA) está no intervalo entre 9% a 11%, até final de 2023.
Segundo disse, pequenas economias tiveram acesso ao mercado internacional com taxas elevadas, uma situação que também impactou nas taxas de inflação para as economias pequenas e abertas.
O preço da commodities também esta a subir, influenciando também nos dos alimentos, mesmo antes da guerra entre a Russia e a Ucrânia, que só tornaram a situação de mal à pior, segundo o gestor.
"Isso significa, para nós, como economias pequenas, obrigar a aumentar os nossos preços a taxa de câmbio", referiu, tendo salientado que a nível da região da SADC, os Bancos Centrais têm a obrigação de aumentar as taxas de juros, justificando que a inflação é inimiga do pobre, chamando desta feita à atenção aos Bancos Centrais de lidarem com a inflação.
No evento, que encerra neste dia, participam também representes da Bolsa de Valores da região e do Secretariado Executivo da SADC.
No encontro, foi analisado a estratégia da CCBG, no período de 2021 a 2023, bem como outro protocolos da SADC sobre financiamento e investimento que tem a ver com os Bancos Centrais.
Em relação a SADC, passou-se, de igual modo, em revista, os esforços feitos no quadro da integração social e económica da região.NE/AC