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Baixa produção de clínquer motiva alta do preço do cimento em Angola

     Economia              
  • Luanda • Segunda, 06 Janeiro de 2025 | 18h51
Interior de uma fábrica de cimento
Interior de uma fábrica de cimento
Luis Catraio-ANGOP

Luanda – O défice na produção do clínquer (matéria-prima que serve para o fabrico do cimento) e o corte de energia eléctrica numas das unidades industriais são apontadas como as principais causas da subida constante do preço do cimento no mercado angolano, onde o saco de 50 quilos deste produto está a custar 6 500 kwanzas, em Luanda.

Segundo o presidente da Associação da Indústria Cimenteira de Angola (AICA), Manuel Pacavira Júnior, a actual oferta de clínquer, produzido pela Cimangola, em Luanda, ainda é insuficiente para atender a necessidade das unidades fabris, facto que está a criar constrangimentos na produção do cimento.

A par disso, o líder empresarial, que falava esta segunda-feira, em Luanda, durante o encontro entre a equipa económica do Governo angolano, liderado pelo ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano, e os membros das associações da Indústria da Construção, apontou os constantes cortes de energia eléctrica que se regista na Fábrica de Cimento do Kwanza Sul (FCKS) como outro factor que tem influenciado a baixa produção desse produto.  

Disse que concorrem, igualmente, para o aumento do preço do cimento o desabamento de dois fornos da Fábrica CIF, localizada no actual município de Bom Jesus, província de Icolo e Bengo.

Por outro lado, o vice-presidente da Associação das Indústrias de Materiais de Construção, Luís Diogo, realçou a necessidade de se melhorar o controlo das importações por parte do Governo, para ajudar as empresas a manterem-se no mercado.

Actualmente, o país possui cinco fábricas de cimento, nomeadamente, Nova Cimangola (Luanda), CIF, Cimenfort (Benguela), Secil (Lobito - Benguela) e Fábrica de Cimento do Kwanza Sul.

Dados indicam que, até 2023, essas fábricas tinham uma capacidade instalada de produção de cerca de 8,6 milhões de toneladas de cimento por ano.

Apesar dessa capacidade, actualmente, constata-se, quase todas as semanas, a subida do preço do cimento no mercado angolano, um facto que abrange os outros materiais de construção, como chapa de zinco, varão de aço, areia, brita, entre outros.   

A reunião entre a equipa económica do Governo e os membros das associações da Indústria de Construção, que contou com o ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguêns de Oliveira, e o ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos dos Santos, visou auscultar e orientar os industriais a  produzir ao nível máximo da sua capacidade, para que o produto final  tenha qualidade e seja mais acessível ao consumidor.

O encontro contou com os membros da Associação das Indústrias de Materiais de Construção de Angola (AIMICA), Associação das Indústrias Cimenteiras de Angola (AICA) e Associação Nacional das Indústrias dos Madeireiros de Angola (ANIMA).

Antes da reunião, José de Lima Massano visitou  duas unidades  fabris de material de construção no Pólo Industrial de Viana (PIV), designadamente a Ferpinta Angola, empresa industrial no sector metalomecânico, e a Extrulider, fábrica de alumínio. AA/HDC/QCB





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