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BAD enaltece acções de Angola na redução da dívida pública  

     Economia              
  • Luanda • Sexta, 09 Dezembro de 2022 | 14h26
Logotipo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD)
Logotipo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD)
Divulgação

Luanda – O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) elogiou, esta sexta-feira, as decisões do Executivo angolano, nos últimos anos, que levaram à redução da dívida pública de 135 por cento para 62 %,  devido a uma gestão prudente da inflação no país.

Na visão do presidente do BAD, Akinwumi Adesina, que manteve hoje um encontro com a ministra das Finanças, Vera Daves, Angola tem desenvolvido um trabalho responsável e significativo quanto às políticas da macro e micro economia, para a estabilização e valorização da moeda.

“Elogiei o trabalho do Ministério das Finanças, sobre a questão da dívida porque o custo era muito elevado, sendo que a taxa de endividamento de Angola atingiu cerca de 135%  mas devido a uma gestão prudente da inflação conseguiu baixar significativamente para cerca de 62%, o que é incrível”, enfatizou o gestor do maior BAD.

Falando a jornalistas, à saída de uma audiência concedida hoje (dia 9) pela ministra Vera Daves, o presidente do BAD considerou que Angola tem contribuído para o aumento geral do capital do banco de forma consistente, com uma participação, nos últimos planos, com 30 milhões de euros.

Conforme disse o nigeriano Akinwumi Adesina, este facto tem permitido ajudar a janela concepcional do banco que se chama “Fundo Africano de Desenvolvimento (FAD)”.

O presidente do BAD adiantou que informou à ministra Vera Daves que saiu da cidade de Tânger, em Marrocos, directamente para Angola, onde o banco angariou mais de 8 mil milhões de dólares como recursos para o Fundo Africano de Desenvolvimento para apoiar os países de baixo rendimento.

Neste ínterim, disse ele, reiterei á ministra que o BAD tem disponível para Angola, todos os anos, cerca de 250 milhões de dólares para o sector privado, e a intenção é fazer muito mais pelo sector privado no sentido de garantir que o desenvolvimento, sem que seja necessário continuar contrair elevadas dívidas.

 

Por sua vez, a ministra Vera Daves de Sousa disse que foi uma reunião de cortesia e que serviu para reiterar o compromisso da parceria com o BAD, uma vez que Angola é parte da estrutura accionista do banco.

Conforme a ministra, o encontro, dentre outros objectivos, serviu para expressar a necessidade de Angola beneficiar do apoio do BAD no que diz respeito ao financiamento às infra-estruturas e a diversificação económica nacional.

Neste sentido, disse a ministra, o presidente do BAD apontou diversos caminhos para trabalhar com Angola, onde algumas dessas soluções passam por financiamento ao sector privado e não necessariamente pelo Estado, facto que agrada o Executivo Angolano.

Segundo a governante, este foi um encontro oportuno, numa altura que o país conta com um programa ambicioso relacionado com a agricultura (Planagrão), e o BAD tem a agricultura na sua agenda forte e, que, no entanto, ficou estabelecido com o BAD o compromisso da partilha informações ao detalhe sobre o “Planagrão”.

“E com o apoio do BAD e outros parceiros do banco mobilizarmos recursos para financiar o sector privado nas iniciativas relacionadas com o “Planagrão”, acrescentou.

Por outro lado, o BAD manifestou interesse em financiar iniciativas ligadas ao emprendedorismo, em particular, junto das mulheres e dos jovens. Igualmente pretende financiar o sector da educação junto das mulheres, neste particular o BAD tem interesse.

"Agora é preciso optimizar e tirar proveito dessa janela de oportunidade do BAD que sinalizou estar presente nos fórum e demais encontros e assim aproveitar da melhor maneira essa parceria", asseverou Vera Daves.

O encontro foi testemunhado pelo ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João.





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