Luanda – A petrolífera internacional Azule Energy, que opera em Angola, concluiu, esta semana, o processo que habilita a sua integração no grupo de quatro empresas que vão explorar petróleo no Bloco 2914A offshore, localizado na bacia Orange da Namíbia, onde, desde 2022, foram feitas inúmeras descobertas de hidrocarbonetos.
Com a conclusão desse processo, anunciado em Maio deste ano, a Azule Energy Exploration Angola detém, oficialmente, um interesse participativo de 42,5% nesse bloco, igual percentagem da companhia Rhino Resources Namibia, na qualidade de operador, enquanto a petrolífera Namcor Exploration and Production conta com 10% e a Korres Investments tem 5% das acções.
O acordo, celebrado no formato “joint venture” (junção de duas ou mais empresas), permite que a Azule Energy tenha a opção de se tornar operador para a fase de desenvolvimento, com a manutenção do plano de perfuração de dois poços de alto impacto, segundo uma nota de imprensa a que a ANGOP teve acesso esta sexta-feira.
Citado na nota, o CEO da Azule Energy, Adriano Mongini, enalteceu o apoio das autoridades namibianas e dos seus parceiros que permitiram a concretização da parceria estratégica.
De acordo com o gestor, a empresa está comprometida em aproveitar toda a sua experiência para desbloquear, com segurança e confiabilidade, o potencial de hidrocarbonetos e agregar valor para todas as partes interessadas na República da Namíbia.
Por seu turno, o CEO da Rhino Resources Namibia, Travis Smithard, mostrou-se satisfeito por ter recebido as aprovações necessárias para concluir a referida transacção transformadora e estratégica com Azule Energy.
Considerou a parceria como um marco importante na estratégia de crescimento orgânico da sua empresa, facto que vai permitir aproveitar a experiência de exploração petrolífera em conjunto, com as capacidades de desenvolvimento rápido da Azule e aumentar a criação de valor para todas as partes interessadas.
A Azule Energy, que detém recursos de dois mil milhões de barris de óleo equivalente, é uma companhia de energia integrada e autónoma que resultou da junção dos activos e da força de trabalho da BP Exploration Operating Company Limited (BP) e da Eni International B.V. (Eni), cada uma titular de uma participação igualitária de 50%.
Estabelecida, oficialmente, a 1 de Agosto de 2022, a petrolífera tem como propósito ser uma companhia segura, responsável, diversificada e pioneira na produção de petróleo e gás de forma economicamente viável, bem como ajudar a expandir o sector de energias renováveis em Angola.
Com mais de 900 colaboradores, a petrolífera explora o crude em 20 blocos, prevendo aumentar a produção própria para cerca de 250 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d), nos próximos quatro anos.
Também detém participações em 18 licenças e uma participação na Angola LNG, sendo o operador do Novo Consórcio de Gás. A Azule Energy é, igualmente, accionista da Solenova, uma empresa de energia solar detida em conjunto com a Sonangol, estando a colaborar com a Refinaria de Luanda. QCB