Luanda - A informação a dar conta da ausência de Angola da lista dos dez países que enfrentam crise alimentar mais severa a nível do mundo, num grupo em que figuram oito Estados africanos, constitui um dos factos que marcaram o noticiário económico da ANGOP nos últimos sete dias.
O facto consta do Relatório Global sobre Crises Alimentares (GRFC) 2024, divulgado recentemente, com base em dados do ano transacto, o qual indica entre as nações com piores crises alimentares no continente o Mali, Sudão do Sul, Burkina Faso, a Nigéria, Líbia, República Centro-Africana (RCA), a República Democrática do Congo (RDC) e Moçambique.
Completam o grupo dos dez mais afectados, o Afeganistão e o Haiti, conforme o relatório produzido em colaboração entre a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa Alimentar Mundial (PAM).
Durante a semana, teve igualmente destaque a garantia do financiamento de cerca de 983,6 milhões de dólares norte-americanos para serem investidos na produção de algodão no país, numa iniciativa da empresa multinacional chinesa Y.A.N Internacional, anunciado no final de uma audiência que o ministro da Agricultura e Florestas, António de Assis, concedeu a uma delegação desta instituição.
O investimento está projectado para a província de Malanje e, para além de algodão, contempla a produção de trigo e milho, prevendo criar dez mil postos de trabalho.
Por seu turno, o embaixador da Itália em Angola, Cristiano Gallo, anunciou que parte de um financiamento do seu país de 5.5 biliões de Euros, destinado a projectos de produção de energias limpas, será investida em Angola, no quadro da transição energética pelo mundo.
O diplomata falava à imprensa, à margem da Conferência sobre Inovação e Transição Energética, organizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) em parceria com a MAIRE e a Câmara do Comércio e Indústria Angola-Itália.
Outro facto importante prende-se com informações ligadas ao crédito bruto ao sector não financeiro, cujos dados recentemente anunciados indicam cifrar-se em 6,4 biliões de kwanzas, em Abril último, registando um aumento de cerca de 1,6 biliões de kwanzas (31,9%), face ao período homólogo.
Ainda no período em referência fez eco no noticiário da agência a inauguração, pelo Presidente da República, do Aproveitamento Hidroeléctrico da Matala, na província da Huíla, após ter beneficiado de reabilitação que permitiu aumentar a sua capacidade de produção de 27.2 para 40.8 megawatts.
O aumento da produção é facilitado com a entrada em funcionamento da terceira turbina, vai mitigar o défice registado nos últimos anos e melhorar o atendimento dos serviços de distribuição de energia eléctrica às comunidades ligadas ao sistema interligado Sul.
A participação do país na “Feira sobre África”, em Londres (Inglaterra), a auditoria ao ministro dos transportes, pela comissão especializada da Assembleia Nacional, e a assinatura, em Lisboa (Portugal), de uma declaração de parceria para troca de boas práticas no âmbito das missões empresariais, entre a Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (AIPEX) e a sua congénere portuguesa AICEP, constam igualmente entre os factos que marcaram o noticiário económico dos últimos sete dias.
Na exposição de Londres, Angola apresentou vários tipos de produtos agrícolas e um roteiro com material digital e vídeos institucionais sobre como investir no território nacional.
Outro assunto não menos importante foi a avaliação, pelo secretário de Estado para Indústria, Carlos Rodrigues, do estado actual dos pólos industriais de Viana, em Luanda, e da Catumbela, em Benguela.
O governante constatou o funcionamento e os níveis de produção das fábricas instaladas, bem como inspeccionou a organização administrativa destes empreendimentos. ASS/VC
