Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, admitiu, esta quinta-feira, a possibilidade do Executivo aumentar, ainda este ano, o poder de compra dos trabalhadores angolanos.
De acordo com o Chefe de Estado angolano, que falava em entrevista colectiva, a preocupação com o aumento do poder de compra do cidadãos é permanente.
Frisou que todos os governos trabalham para o bem estar da suas populações, em particular dos trabalhadores, sublinhando que está ciente desta necessidade.
Noutra vertente, João Lourenço disse existir duas situações preocupantes, como a de ir buscar um número grande nos desempregados da Saúde e da Educação e de se olhar para a melhoria das condições salariais e sociais dos trabalhadores, de forma geral, já empregados.
“São despesas que tocam directamente na vida do cidadão, e devem ser vistas com bastante seriedade, para não prometer e não cumprir ou pagar novos salários agora e depois descontinuar por falta de recursos, e ser forçado a recorrer a empréstimos para pagar. É que o que não se pretende e não foi necessário durante os quatro anos “, explicou.
Para o Chefe de Estado, a preocupação da garantia de devolver o poder de compra aos cidadãos é permanente e há sinais visíveis para se alcançar sem se mexer no salário, mas para equilibrar o poder de compras, com medidas fiscais como a redução para a metade do valor do IVA, se enquadra no interesse em proteger o poder de compra dos trabalhadores.
Por outro lado, ainda no fomento do emprego, João Lourenço referiu-se à construção da Refinaria de Petróleo de Cabinda que vai permitir a produção de 60 mil barris de refinados por dia, dos quais, numa primeira fase até meados deste ano, começa produzir metade da sua capacidade estimada (30 mil barris/dia).
Esta produção, disse, vai servir a província de Cabinda e posteriormente o seu excelente vai ser exportado para os países vizinhos, entre eles a República Democrática do Congo (RDC).