Associações defendem mais financiamento para literacia financeira

     Economia           
  • Luanda     Terça, 07 Novembro De 2023    13h13  

Luanda - As organizações da sociedade civil defenderam esta terça-feira, em Luanda, a necessidade de existirem mais financiamentos para literacia financeira, como forma de despertar a cultura de poupança nas famílias, sobretudo para garantir a formação, alimentação e a saúde.

Em declarações à ANGOP, o secretário-geral da Associação Juvenil de Apoio às Comunidades – AJACOM, Watuzemba Frederico, disse que existe pouco investimento no ensino regular sobre a matéria de finanças e poupança, sendo necessário recorrer às Organizações Não Governamentais para aumentar o conhecimento da população alvo.

“Apesar de existir muito consumismo na sociedade angolana, também é verdade que as famílias aos poucos vão ganhando cultura de poupança, sobretudo para garantir a formação, alimentação e a saúde”, indicou.

Watuzemba Frederico entende ser necessário definir mais políticas públicas de natureza macro e micro, de incentivo e educação direccionada às famílias, juventude e crianças.

Frisou que as ONG podem desenvolver acções de racionalização dos recursos financeiros, para garantir a vitalidade da organização, “mas na maior parte das vezes as ONG gerem mais pessoas do que recursos financeiros, daí que a necessidade de obter conhecimento mínimo e ou razoável em questões de poupança, para que os membros e voluntários mantenham-se na organização”.

Por seu turno, o consultor e coordenador-geral do Grupo de Organizações da Sociedade Civil para o Orçamento Participativo (Goscop), Nelson Paulo, considera que na base da cultura da poupança está o sistema financeiro, de integração social e económico, e o educativo, três sistemas que devem estar ao serviço das "pessoas reais".

Reforçou que os dados do Banco Nacional poderiam dar informação sobre a capacidade de poupança das famílias angolanas, “que presumo seja muito baixa, sobretudo ao nível da população na "base da pirâmide social ".

Nelson Paulo diz que as ONG perderam capacidade de resposta, com a retirada de financiadores internacionais.

“A recuperação desta capacidade de resposta das ONG está na necessidade de fortalecermos a (diplomacia cívica ou humanitária) para termos mais ONG a relacionarem-se com qualidade e com organizações internacionais”, disse.HEM/AC





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