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Associação prima pela transformação de produtos agrícolas na Humpata

     Economia              
  • Huíla • Sábado, 12 Outubro de 2024 | 02h41
Agricultura familiar, aposta no cultivo de hortaliças no município do Tômbwa, província do Namíbe
Agricultura familiar, aposta no cultivo de hortaliças no município do Tômbwa, província do Namíbe
Anabela Fritz - ANGOP

Humpata - A Associação do Ngango, na localidade da Palanca II está a apostar na transformação de produtos agrícolas como forma de mitigar o excedente da produção, que muita das vezes acabavam por se estragar.

O centro de processamento de produtos agrícolas da associação que existe desde 2020 recebeu um apetrechamento e beneficia de energia limpa, num financiamento do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento, há um ano, no quadro do projecto de Promoção às Energias Renováveis da organização.

A acção é implementada pela Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), tratando-se da primeira organização de base (associação) do município a desenvolver tal actividade de transformação dos alimentos em pequena escala.

A associação está actualmente a produzir doces e sumos de frutas, frutas em calda, polpa de tomate, tomate pelado, picles e o desidratado de frutos, chás e toda a produção de hortícolas como a cenoura, cebolas, ainda o bolo de abóbora e bolos secos.

Ao falar sobre o assunto à ANGOP hoje, sexta-feira, a responsável da ADRA na Humpata, Roséria Lucas referiu não terem ainda uma quantidade exacta produzida/mês, por  ser um processo feito por encomendas, participações em feiras ou vendas locais.   

“Quando existem feiras pode-se produzir 50 potes de doces, de fruta em calda entre outro tipo de produção, mas caso termine eles acabam por produzir mais, tudo em função da demanda”, exemplificou.

Há nível do município, avançou existir muita produção de frutas e as mesmas são sazonais e agora já não têm frutas a se estragar, por conta da transformação, pois muita das vezes a associação guarda a polpa para produzir em épocas críticas e quando existe muita produção no mercado, a produção acaba por perder um pouco valor eles optam pela desidratação.

Referiu que a nível do município existem outras associações e cooperativas que também têm solicitado centros de transformação, olhando pela experiência da Palanca, pois é a primeira organização de base no município a desenvolver tal actividade.

Avançou que a associação tem um campo colectivo de um hectare, que funciona como escola onde aprendem as técnicas com a ADRA e depois as famílias aplicam nas suas unidades de produção individual.

Por sua vez, a directora municipal para o Desenvolvimento Económico Integrado da Humpata, Ana Cambamba, referiu ser um ganho enorme na vertente do agro-negócio, acabando por dar voz à vertente agro-industrial, um potencial do município, na qual pretendem continuar a acompanhar e fomentar do processamento de produtos agrícolas.

Fez saber que a associação existe formalmente desde 2018 e que começou a dar os primeiros passos no processo de transformação, processamento e de secagem em 2020, tendo beneficiado de uma formação antes.

A Associação do Ngango, na localidade da Palanca II, produz já há 13 anos, e actualmente é composta por  94 membros, dos quais 77 são mulheres.

EM/MDS 





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