Talatona- Um memorando de entendimento para a construção da primeira auto-estrada, Soyo/Santa Clara, foi assinado, nesta quinta-feira, em Luanda, pelo Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação e a empresa China Road and Bridge Corporation.
A obra, com um percurso de mil e 300 quilómetros, vai ligar as zonas Norte e Sul do país e prevê atravessar as províncias do Zaire, Uíge, Cuanza -Norte e Sul, Benguela, Huíla e Cunene.
O memorando, com a duração de um ano, foi assinado pelo ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto Santos, e pelo vice- presidente para África da CRBC, Zhau Lian Zhi, e enquadra-se nas políticas de infra-estruturas rodoviárias que tem como objectivo promover e incentivar a implementação de projectos rodoviários nas modalidades de parcerias público-privado (PPP).
No acto, o ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação,Carlos Alberto Santos, referiu que no domínio das obras públicas, o Governo está a apostar em modelos operacionais e financeiros para a implementação de parcerias público privadas, direcionados a construção, cooperação e transferência de estradas nacionais ou auto-estradas que asseguram a ligação de Angola com as Repúblicas vizinhas, priorizando a ligação do litoral ao leste e do corredor rodoviário Norte e Sul.
"A estrada será feita de forma gradual e terá seis etapas. Os troços serão construídos de raiz," disse.
Carlos Alberto Santos explicou que compete ao ministério fornecer informações e apoio necessário para o início dos trabalhos e torná-los céleres.
Em relação à empresa chinesa CRBC, o governante referiu que compete a entidade custear os fundos próprios, elaborar os estudos de viabilidade e projectos necessários para a implementação do projecto, entre outras responsabilidade.
Acrescentou que as parcerias são importantes para optimizar os recursos financeiros e reduzir os riscos nos mais variados programas.
Com esse acto, disse que Angola pode esperar um aumento do investimento público em infra-estruturas e serviços públicos, assim como a diversificação das fontes de financiamento e a melhoria da qualidade dos projectos.
Vantagens como, a redução dos custos, prazos dos projectos e serviços prestados, assim como viabilização dos programas em grandes escalas e adaptação das boas práticas internacionais, aumento da confiança dos investidores do país foram apontadas pelo ministro.
Ao falar sobre o programa de conservação de estradas e pontes, disse que Angola tem até hoje a responsabilidade de conservar mais de 26 mil e 600 quilómetros de estrada.
“O Estado já fez e continuará a fazer a sua parte, mas olhando para o sector privado temos a possibilidade de conjuntamente podermos fazer mais e melhor”, referiu.
A CRBC trabalha há vários anos na construção de estradas, pontes hidro-eléctricas e outras obras no país.VS/MAG